A Fundacc – Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba e a Catedral do Divino Espírito Santo receberam no último fim de semana (9 e 10/3), a visita do diretor cultural da Abaçaí Cultura e Arte (Organização Social de Cultura do Estado de São Paulo), Toninho Macedo para tratar dos preparativos de mais uma edição do “Encontro Regional de Irmandades que Celebram o Divino Espírito Santo” que este ano será realizado no dia 14 e 15 de abril em Caraguá.
Sob coordenação do vigário geral da Diocese, Padre Alessandro Coelho e festeiros, em parceria com a Fundacc, Abaçaí e outras instituições, o evento pretende reunir mais uma vez as cidades que celebram o Divino, uma das festas mais recorrentes entre os calendários turísticos e religiosos do país, com objetivo de congregar devotos, dirigentes culturais, foliões, imperadores, festeiros e pesquisadores envolvidos com o tema, além de fortalecer o intercâmbio entre os participantes, contribuindo para o estudo e maior compreensão do culto ao Divino Espírito Santo na região.
Além da programação tradicional com relatos das comunidades e grupos, palestras, levantamento do mastro, missas e o tradicional “afogado” (ensopado de carne de vaca), servido com farinha de mandioca, este ano o evento contará com uma iguaria da culinária caiçara: a fruta-pão.
A ideia é sensibilizar os moradores da cidade que possuem árvores da fruta em suas residências para produzir receitas à base da fruta-pão e apresentar os pratos durante o evento, com o intuito de promover o fortalecimento dos valores como o compartilhamento, os vínculos de amizade e a solidariedade, tão enfraquecidos nos dias de hoje.
Outra novidade desta edição é a participação de outros grupos de manifestações culturais, como Folias de Reis, Moçambiques, Congadas, Cavalgadas, Quilombolas e Comunidades Indígenas da região.
Projeto Origens
O diretor cultural da Abaçaí também acompanhou o andamento do Projeto Origens, desenvolvido por um grupo de artistas locais com o intuito de buscar por meio da arte a origem das sociedades afrodescendentes, indígenas e caiçaras no Litoral Norte. Atualmente o grupo trabalha na pesquisa da história da cultura afrodescendente presente no Sítio Arqueológico de São Sebastião. A ideia é remontar a trajetória dessas pessoas através da cerâmica e do batique.