Dilma terá semana de agenda internacional com visitas dos presidentes do Egito e da Venezuela
Presidente brasileira cumprimenta Nicolas Maduro, durante a posse dele, em Caracas, no mês passado
A presidente Dilma Rousseff (PT) terá uma semana intensa e com agenda internacional. Na próxima quarta-feira, em Brasília, recebe o presidente do Egito, Mouhamed Mursi. No dia seguinte (9) será a vez do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Ambos têm reuniões com Dilma e ministros das áreas econômica e social. Como presidente da República, é a primeira vez que Maduro estará no Brasil. Também é inédita a visita de um chefe de governo egípcio ao país. Os dois governantes vivem momentos de tensão em seus países. Mursi terá compromissos em Brasília e São Paulo. O egípcio chega ao Brasil no dia 7 e fica até o dia 9. Em Brasília, um dos interesses dele são os programas de transferência de renda que atraem a atenção dos egípcios, principalmente, pelas ações relativas ao combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar. Em São Paulo, Mursi e sua comitiva se reúnem com empresários de vários setores, além de conversas com a comunidade de língua árabe.
Mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, o Egito não reduziu o volume de comércio com o Brasil. Ao lado da Arábia Saudita, da Turquia e do Irã, o Egito está entre os principais parceiros muçulmanos do Brasil. Em 2012, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.
Já Maduro ficará apenas um dia no Brasil. Ele passa pelo país e pretende ir também ao Uruguai e à Argentina. O venezuelano quer agradecer o apoio que recebeu ao ser empossado presidente, no último dia 19, e reiterar a parceria com o Brasil. Tanto Dilma quanto os presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai) foram à solenidade de posse de Maduro.
A relação Brasil e Venezuela se intensificou nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma. Também ganhou mais força com o ingresso da Venezuela no Mercosul, em dezembro de 2012. A entrada dos venezuelanos no bloco sofreu resistências do Paraguai – país que está temporariamente suspenso do grupo.
O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Com os venezuelanos, o Mercosul passa a contar com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões. A população chega a 275 milhões de habitantes.
Maduro visita o Brasil em um momento de tensão interna na Venezuela, pois a oposição rejeita os resultados das eleições e há conflitos entre os políticos governistas e oposicionistas, que chegaram a embates físicos no Parlamento venezuelano.
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