Acácio Gomes
Estava prevista ontem pela manhã uma manifestação dos maricultores de Caraguá em frente ao Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), localizado em São Sebastião. Porém, por orientação jurídica, os 18 maricultores vão aguardar uma reunião que ocorrerá na sede da Transpetro, no Rio de Janeiro, no próximo dia 29 de maio.
Eles estão sem trabalhar desde o dia do vazamento (5 de abril) que atingiu o canal de São Sebastião e se espalhou por praias da cidade e da vizinha Caraguá, entre elas, a Cocanha, local onde se encontra a Fazenda de Marisco.
Nesta reunião do dia 29 de maio (quarta-feira da semana que vem), advogados das Colônias dos Pescadores de São Sebastião, Ilhabela e Caraguá e representantes do Ministério da Pesca discutirão com o Jurídico da Transpetro a proposta com pedido de indenização para os trabalhadores prejudicados com o derramamento de óleo.
A sugestão é um repasse de R$ 2,2 mil por mês para cada pescador pelo prazo de dois anos e R$ 2,5 mil aos maricultores por igual período. Também é requerida a revitalização dos barcos avariados no valor de R$ 1,8 mil.
“Estamos pedindo imediatamente o laudo técnico da empresa informando à população que o marisco é próprio ou não para consumo. Neste momento, o laudo é importantíssimo, já que estamos deixando de vender entre 200 e 300 kg por semana”, disse Antônio Estevão de Mattos, o Toninho Caroba, da Fazenda de Marisco da Cocanha.
Amanhã
A Prefeitura de Caraguá confirmou para amanhã a liberação do auxílio financeiro de dois salários mínimos por oito meses dado pela municipalidade aos pescadores e maricultores atingidos pelo vazamento.
Porém, se laudo da Transpetro atestar que o marisco pode ser consumido, o auxílio é cortado.