Nesta quinta-feira (2/10/2014), o Governo Municipal de Caraguá, por meio das secretarias de Saúde e Educação, encerra a Campanha Nacional de Combate ao HPV nas escolas municipais. Mas, alunas que perderam a primeira ou segunda dose da vacina contra o vírus podem colocar a caderneta em dia na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima a partir desta quarta-feira (1/10/2014). A secretaria de Saúde informa que haverá vacinação até a finalização das doses.
Contágio
Segundo dados do Ministério de Saúde, condições como início precoce da vida sexual, elevado número de parceiros sexuais, uso prolongado de contraceptivos hormonais, multiparidade, tabagismo, fatores genéticos e imunológicos aumentam o risco para progressão da infecção pelo HPV para o câncer de colo de útero.
Como as pessoas infectadas geralmente não apresentam nenhum sintoma, muitas não sabem que são portadoras do vírus. Segundo a secretaria de Saúde de Caraguá, a maioria das mulheres descobre que tem HPV pelo resultado anormal do Papanicolaou.
O vírus
O HPV é um vírus que se instala na pele ou em mucosas e pode ficar no organismo durante anos de maneira adormecida, com possibilidades de evolução para cânceres como o do colo do útero. Este vírus é altamente contagioso. A transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada e a principal forma de contaminação é pela via sexual, sendo possível contaminar-se com uma única exposição. Como muitas pessoas portadoras do HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não sabem que tem o vírus, mas podem transmiti-lo.
Estimativas
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que todos os anos, no mundo inteiro, 500 mil mulheres são diagnosticadas com a doença. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados para 2014, 15.590 casos novos. Em 2011, 5.160 mulheres morreram devido ao câncer de colo de útero.
Os vírus HPV tipos 16 e 18 (alto risco) são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos cânceres de vulva. Os tipos 6 e 11 (baixo risco) podem ser responsáveis pela papilomatose respiratória recorrente da criança – um tumor benigno, raro, que afeta a laringe mas pode se estender a todo o trato respiratório, com complicações pulmonares. A criança pode ser contaminada no momento do parto vaginal, caso a mãe esteja infectada.
Secretaria de Comunicação Social