Cidades intensificam fiscalização contra animais nas praias
Leninha Viana
As cidades do litoral estão intensificando as ações para lembrar turistas e moradores que é proibido levar cães à praia. Apesar da legislação ser antiga e bem divulgada, muitas pessoas insistem em levar os pets para as areias. Em Caraguatatuba, por exemplo, nos últimos quatro finais de semana 197 pessoas foram abordadas pelas equipes do Centro de Controle de Zoonoses.
Micoses na pele, parasitas e diversos fungos são exemplos dos problemas que podem ser transmitidos tanto para os humanos como para os bichos. Além das questões de saúde e de higiene, a presença de cães na praia pode acarretar também em uma doença grave para os animais, a dirofilariose, conhecida como “verme no coração”. A patologia, comum em áreas litorâneas, é transmitida pela picada de mosquitos infectados e pode levar os bichinhos a óbito.
A legislação das quatro cidades da região prevê multas para os infratores, mas em geral as prefeituras investem em campanhas de conscientização. Em São Sebastião, a assessoria de imprensa da administração municipal informou que ao longo do ano já realiza ação de educação ambiental, além de fiscalização nas praias. “Lembrando que São Sebastião é a primeira cidade do Brasil a elaborar e implementar uma Lei Municipal de Meio Ambiente, a 848/92 que completou 22 anos, onde está previsto multa de R$ 500 para quem não obedecer a determinação”, encerra a nota.
Em Caraguatatuba, a multa para quem for flagrado com cães na praia é de R$ 275 a R$ 2.750, conforme a lei municipal 1298/06, que proíbe a presença de cachorros nas praias do município. De acordo com informações da Prefeitura, num primeiro momento o proprietário é informado sobre os riscos. A penalidade é aplicada caso haja resistência e se constatado reincidência, o valor é dobrado.
Para reforçar a proibição da presença de animais nas praias de Ilhabela, a prefeitura instalou placas informativas em todas as praias de norte a sul no município, inclusive na Praia dos Castelhanos – comunidade tradicional caiçara, localizada no extremo leste do arquipélago. A prefeitura informou ainda que foram afixadas mais de 60 placas, desde 2012, porém algumas frequentemente são alvo de vândalos, sendo posteriormente respostas pela administração.
A reportagem também entrou em contato com a prefeitura de Ubatuba, solicitando informações sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.
Fonte Imprensa Livre
Fotos: Jorge Mesquita/IL