Fotos: Gustavo Grunewald/PMC
Professores e alunos, dos 6º ao 9º anos da rede pública municipal de Caraguatatuba, participaram de encontros sobre Educação Patrimonial. O enfoque foi a Fazenda dos Ingleses, um sítio arqueológico histórico, situado no município.
No dia 24, cerca de 80 professores das disciplinas de História, Geografia, Ciências e Artes participaram da palestra, na Secretaria de Educação. Nos dias 25 e 26, o evento foi voltado aos alunos da EMEF Profª. Maria Aparecida Ujio, no Porto Novo e EMEF Profª Maria Aparecida de Carvalho, no Tinga, unidades escolares que estão dentro da antiga área da fazenda.
Professores e alunos, as escolas receberam livretos com fotos e informações detalhadas sobre a fazenda dos Ingleses com fotos, textos, legendas e coordenadas.
As palestras foram proferidas pelas mestras em arqueologia, Elaine Cristina Carvalho da Silva e Maritza Dode.
A iniciativa faz parte do programa arqueológico do Consórcio Tamoios e JGP Consultoria, que engloba prospecções complementares, monitoramento arqueológico e Educação Patrimonial para a duplicação da rodovia dos Tamoios no trecho de serra, e teve o apoio da Secretaria de Educação.
História – A Fazenda dos Ingleses foi a principal fonte econômica de Caraguatatuba. Inaugurada em 1927, quando a cidade era apenas uma vila com aproximadamente três mil habitantes, produzia banana e grapefruit (uma espécie de laranja).
As frutas eram exportadas para a Inglaterra e saboreadas, inclusive, na mesa da realeza britânica. A produção era escoada pelo rio Juqueriquerê, no Porto Novo.
Sua decadência começou durante Segunda Guerra Mundial e encerrou suas atividades após a catástrofe de 1967, quando a chuva causou grandes estragos na cidade.