Fotos: Gustavo Grunewald/PMC
A turma de alunos do 1º ano, da professora Arlinda Martins, na EMEI/EMEF Profª Aída de Almeida Castro Grazioli, no Rio do Ouro, conheceram e trabalharam em aula, pela primeira vez, com argila.
A ideia surgiu a partir da capacitação que foi dada pelo ceramista Carlo Cury. Os docentes visitaram o ateliê do artista, onde conheceram um pouco mais do processo de criação das cerâmicas que compõem a exposição Origens Nativos.
A professora do Apoio Pedagógico, Érika Miskolci, explicou que o tema índios está na grade curricular dos alunos do 1º ano. “Como o Cury conhece muito da cultura indígena caiçara, bem como do Brasil, ele foi convidado a enriquecer a formação dos educadores na teoria e na prática”, contou Érika.
No estúdio de criação no bairro Martim de Sá, o grupo pode conhecer um pouco sobre os vários formatos das peças indígenas, suas pinturas, rituais, tinturas e cores, técnicas, crenças espirituais, entre outros aspectos, das tribos Krahô, que vivem nos municípios de Goiatins e Itacajá no estado do Tocantins; Terena, em Miranda, no Mato Grosso do Sul Kadiwéu, em Bodoquena no Mato Grosso do Sul, por onde Cury passou.
A partir desses novos conhecimentos, Arlinda conversou com os alunos sobre as cerâmicas feitas pelos os índios e suas funções. Segundo ela, como os desenhos são feitos com instrumentos e tintas encontrados na natureza, as peças são levadas ao forno para endurecerem.
Os alunos ganharam uma pequena peça já formatada em um quadrado para reproduzirem o desenho escolhido.
“A gente descobriu que os índios pegam argila da terra e fazem várias coisas como colar, prato, caneca e a casa deles”, contou o aluno Weverton Gaspar Guimarães, 7 anos. A professora também deu um pedaço de argila para que cada um pudesse amassar, conhecer a textura e possibilidades dessa matéria.
“Gostei muito da oportunidade de conhecer o Carlo Cury e sua experiência com os índios, além de aprender sobre a cultura indígena e caiçara. Essa aula foi muito prazerosa e gratificante para mim e tenho certeza que eles se lembrarão também. Foi um processo de criação livre, sem imposições de padrões e isso reforça a autoestima”, avaliou Arlinda.
Todas as peças produzidas pelos alunos serão levadas ao forno no atelier de Cury para secagem e devolvida às crianças.