Fotos: Cláudio Gomes/PMC
Médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS), enfermeiros e farmacêuticos de Caraguatatuba e Ubatuba participaram de palestra com o pneumologista Paulo Roberto Tonidandel, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, nesta segunda-feira (26/11). O bate-papo sobre identificação e tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ocorreu no auditório da Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (Fundacc), no Centro.
De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, cerca de 15,8% da população sofre com DPOC sendo que 87,5% desconhece ter o problema. É a terceira causa de óbito no Brasil.
“A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um problema de saúde pública. O tabagismo é a principal causa. Também a poluição ambiental, exposição a produtos químicos, materiais de construção, fumaça inalada, tabagismo passivo, infecções virais e bacterianas também são considerados fatores de risco importantes”, explicou Tonidandel.
O pneumologista também conversou sobre o espirômetro, aparelho que mede a quantidade de ar que a pessoa expira e a rapidez com que ela faz isto.
“A espirometria pode detectar a DPOC antes dos sintomas aparecerem. O médico também pode usar o resultado do teste para descobrir a gravidade da DPOC além de ajudar a definir suas metas de tratamento e se outra doença como a asma ou insuficiência cardíaca, está causando os sintomas de DPOC”, disse.
O tratamento é feito por meio de oxigenoterapia, reabilitação pulmonar, medicamentos, entre outros procedimentos para garantir qualidade de vida ao paciente.
O médico da UBS do Tinga, Jessé Oliveira, afirmou que o encontro foi importante para orientar os médicos sobre a DPOC e encaminhamento para espirometria. “Quanto mais exames os profissionais da Atenção Básica tiverem para chegar a um diagnóstico preciso, melhor para o médico, o município e o paciente. Um bate-papo como este com um cardiologista e um reumatologista, por exemplo, seria igualmente bem produtivo”, sugeriu Oliveira.
Participaram ainda do encontro, Gisele Oliveira, coordenadora do grupo de humanização do Ambulatório de Especialidades (AME); Denise Mendes, articuladora da Atenção Básica da Diretoria Regional de Saúde; e a secretária-adjunta de Caraguatatuba, Derci Andolfo.