O mais recente balanço de atividades da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na área de aquicultura e recursos pesqueiros informa que 8,3 milhões de alevinos foram produzidos pelos Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da empresa em 2020.
Desse total, cerca de 4,7 milhões foram utilizados em 301 peixamentos, e 3,6 milhões foram disponibilizados para ações de inclusão produtiva, como fomento à piscicultura, beneficiando mais de 5 mil produtores em 103 municípios na região onde a Companhia atua.
“A produção de alevinos de espécies nativas, para recomposição da ictiofauna de rios, lagoas e grandes reservatórios hídricos na bacia do São Francisco, visa não só a revitalização desses ambientes hídricos, mas também a sustentabilidade da atividade pesqueira com o aumento da abundância de peixes e a diminuição da pressão do esforço de pesca sobre algumas espécies mais visadas”, explica Kênia Marcelino, titular da Gerência de Desenvolvimento Territorial, ligada à Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf.
“Os peixamentos também possibilitam a recuperação de espécies de peixes em processo de extinção e são uma importante forma de divulgar conceitos de educação ambiental com foco nos recursos pesqueiros e na ictiofauna da bacia do São Francisco”, completa o chefe da Unidade de Pesca e Aquicultura da Codevasf, Hermano dos Santos.
No campo da pesquisa, foram publicados 11 trabalhos científicos e disponibilizados 9.450 peixes para essa atividade.
Outro dado das ações da Codevasf em 2020 aponta que foram realizadas 46 ações de assistência técnica, o que beneficiou 5.837 pessoas. A ONG Ecomangue, com sede no município de Coruripe (AL), é uma das entidades beneficiadas com o trabalho da Codevasf. “São mais de 13 anos de parceria com a Companhia, e, nesse tempo, fomos atendidos da melhor forma possível, a partir do fornecimento de alevinos e realização de peixamentos. Iniciamos com apenas três criadores em tanques-rede, e hoje já temos 40. No rio Coruripe, já realizamos 13 peixamentos, ocasiões em que são soltos no rio entre 500 mil e 1 milhão de peixes”, contabiliza o presidente da organização, Valdir Melo.
“Todos os anos, agraciamos a Codevasf com o troféu Ecomangue, em reconhecimento à luta da empresa na defesa do meio ambiente e ao trabalho que propicia geração de emprego e renda para a comunidade”, conclui o presidente da ONG Ecomangue.
Pesquisa e inclusão produtiva
A Codevasf possui sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura na bacia do São Francisco, localizados em municípios de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas – até 2007 essas unidades eram chamadas de Estações de Piscicultura. Nos centros, foram realizados os primeiros projetos bem-sucedidos de reprodução artificial de espécies de importância ecológica e econômica para a região do São Francisco, como o surubim e o pirá.
As atribuições dessas unidades incluem desenvolvimento de tecnologias de reprodução artificial, ações de repovoamento de corpos hídricos, desenvolvimento de estudos de monitoramento da qualidade da água, fomento à aquicultura, desenvolvimento de pesquisas em biologia pesqueira, capacitação de produtores, pescadores e estudantes em técnicas de criação e propagação de peixes e apoio a organizações de pescadores e criadores.
Desde a década de 1980, projetos empreendidos nesses centros e nas estruturas que os antecederam – frequentemente em parceria com universidades e outras instituições de pesquisa e formação – ofereceram suporte à implantação de dezenas de estações de piscicultura públicas e privadas pelo país.
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