Dentro da 9ª Semana de Prevenção às Deficiências, realizada pela Secretaria da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Sepedi), a médica pediatra e neonatologista, Thais Rezende Tanaka, abordou o tema “Prevenção das deficiências antes, durante e após o nascimento”.
De acordo com a médica, o melhor momento para o casal conhecer as suas condições de saúde para gerar uma criança é antes da própria gravidez. Alguns cuidados devem ser tomados pelo casal: procurar aconselhamento genético antes de engravidar, caso haja casos de deficiência intelectual na família, casamentos entre parentes ou idade materna avançada.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o risco de desenvolver uma deficiência pode ser evitado em 30% a 40% dos casos, em diferentes fases: preconcepcional (antes da gravidez), pré-natal (durante a gestação), no momento do parto e no pós-parto.
“A mulher deve começar a tomar ácido fólico logo que descobrir a gravidez para prevenir doenças durante a gestação no processo de fechamento do tubo neural do feto. Deve medir os níveis de zinco e ferro no organismo e caso estejam baixos, fazer suplementação, porque a falta dessas substâncias também podem comprometer o desenvolvimento do bebê”, ressalta.
Tanaka também alerta para as mulheres usuárias de drogas, tabaco e álcool. “Drogas ilícitas como cocaína, crack, heroína, entre outras, podem trazer enorme prejuízo para o feto, causando malformações. Assim como o tabaco e álcool. É importante dizer que não há dose segura de ingestão de bebida alcoólica. Durante os nove meses, a gestante não deve ingerir nenhum tipo ou quantidade pequena de bebida com álcool”, afirma.
A médica também avisa sobre a importância de uma boa alimentação para que a mãe não sofra de anemia nesse período. Também ficar atenta à higienização de verduras e legumes e não ingerir carnes mal passadas, para não correr o risco de adquirir toxoplasmose (doença infecciosa provocada pelo parasita Toxoplasma gondii).
A pediatra acrescenta ainda que é fundamental que a mãe faça o pré-natal com um médico obstetra e compareça a todas as consultas, faça exames como ultrassons, onde pode ser detectado algum problema com o bebê, controlar a pressão e a glicemia (índice de açúcar no sangue). Após o nascimento, os cuidados continuam como levar o bebê para tomar as vacinas no prazo correto, e submetê-lo aos testes do pezinho, coraçãozinho e olhinho.
“Todos esses cuidados são prova de amor da mãe para com o filho que está sendo gerado. Depois do nascimento, é imprescindível o contato da mãe com o bebê na amamentação ou por meio de carinhos e demonstrações de afeto. Também proporcionar à criança estímulos que possam auxiliá-la no seu desenvolvimento cognitivo como brincadeiras e leituras”, afirmou.