A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Turismo, informa que estão abertas as inscrições para as casas religiosas que queiram participar da 37ª Festa de Iemanjá. Ela será realizada a partir das 19h do dia 11 de dezembro, na Praia do Centro. Para fazer a inscrição e ver o regulamento é preciso acessar este link aqui
Para evitar aglomeração, a Prefeitura vai disponibilizar 40 espaços para que os integrantes das casas religiosas façam sua homenagem. A disposição de cada tenda se dará conforme a ordem de inscrição, sendo os números pares do lado esquerdo e os ímpares do lado direito da imagem.
Em anos anteriores a festa atraiu mais de 5 mil pessoas. Nesta edição, haverá maior espaçamento entre as tendas, todos precisam estar de máscaras e é de responsabilidade de cada casa ter álcool em gel disponível para os visitantes.Não será permitido o consumo de alimentos e fumo no espaço com a finalidade de evitar que se retire a máscara protetora.
As entidades que vierem de ônibus devem acessar o canal 156 (caraguatatuba.156.com.br), para solicitar a autorização de entrada de veículos no município, com antecedência de 10 dias úteis e não há custo para essa autorização.
A secretária de Turismo, Maria Fernanda Galter Reis, ressalta que a preocupação do prefeito Aguilar Junior é atender a comunidade religiosa e ao mesmo tempo garantir que os protocolos sanitários sejam cumpridos.
É importante destacar que é proibido depositar oferendas ao redor da imagem de Iemanjá e não será permitida a permanência de veículos próximos aos espaços na praia, ficando cientes que esses estarão sujeitos às penalidades impostas pela Secretaria de Mobilidade Urbana e Proteção ao Cidadão. Também não será permitida a permanência de veículos próximos aos espaços na faixa de areia.
História da Festa de Iemanjá
A tradição da festa em homenagem à Iemanjá teve início no ano de 1923 quando um grupo de 25 pescadores resolveu oferecer presentes para a mãe das águas. Nesta época, os peixes estavam escassos no mar. Todos os anos os pescadores pedem a Iemanjá que lhes dê fartura de peixes e um mar tranquilo.
No início, a celebração era feita em conjunto com a Igreja Católica, numa demonstração do sincretismo religioso. Na década de 1960, um padre teria ofendido os pescadores, chamando-os de ignorantes por cultuarem uma sereia. O fato provocou um rompimento com a igreja e a partir daí os pescadores passaram a realizar a festa apenas em homenagem a Iemanjá.
Existe uma superstição sobre os presentes dados a Iemanjá que não afundam, indo parar na areia da praia. Segundo ela, Iemanjá não gostou do presente e o teria devolvido, causando grande frustração aos devotos. Em geral, presentes feitos com materiais leves ou ocos costumam não afundar. Nem mesmo o presente principal, feito pelos pescadores, está livre deste infortúnio. Algumas vezes foi preciso amarrá-lo a algo pesado para que pudesse afundar.
Segundo a lenda, o cavalo marinho é o guardião da casa de Iemanjá, sendo ele o seu mensageiro mais rápido. É comum que imagens deste animal sejam oferecidas pelos devotos.
Todos os anos um presente principal é preparado para ser oferecido à Iemanjá e com ele vão as oferendas preparadas pela ialorixá responsável pelo comando da festa. Estas oferendas, cujos preparativos são cercados de rituais e fundamentos sagrados e secretos, demoram sete dias para ficar prontas.