Alunos da Emei/Emef Pedro João de Oliveira, localizada no bairro Tabatinga, participaram na tarde de quinta-feira (18) de uma atividade muito especial de educação e preservação ambiental organizada pelo setor de Projetos da Secretaria de Educação de Caraguatatuba. Um grupo de 23 alunos da rede municipal colaborou com a soltura de 72 aves resgatadas e reabilitadas no CRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres), instalado dentro do Parque Ecológico Tietê (PET) em São Paulo.
Elas foram libertadas na natureza na área de soltura e monitoramento do CEEPAM (Centro Educacional e Ecológico de Proteção Ambiental), localizada no Sítio do Jacu, região norte de Caraguatatuba.
O sítio é uma área preparada e habilitada para a realização da soltura, onde a mata nativa é protegida há mais de 30 anos. Além dos comedouros, diversas árvores frutíferas foram plantadas para garantir a alimentação e readaptação das aves.
De acordo com informações do Cras, as aves chegam até o Centro através da entrega espontânea ou de capturas realizadas pela Polícia Ambiental. São aves que muitas vezes estão em feiras ou são feitas de animais de estimação irregularmente. “Nosso principal objetivo é devolver a condição biológica desses animais, as condições de voo e de saúde e comportamento para que eles estejam preparados para voltar à natureza”, explica a médica veterinária do Cras, Liliane Milanelo.
Quando chegam ao centro, as aves são identificadas, recebem tratamento curativo ou preventivo e, em seguida, passam por uma avaliação de comportamento, para correção de hábitos alimentares, por exemplo. Vencidas todas essas etapas, é realizada uma avaliação sanitária e o encaminhamento para as áreas de solturas para o animal voltar ao seu habitat natural.
Os alunos estavam muito felizes com a oportunidade de realizar a atividade externa, de conhecerem um local tão bonito e de participarem de uma atividade tão importante. Eles interagiram com os biólogos, fizeram perguntas sobre as aves, seus hábitos e demonstraram muita satisfação, muito orgulho em participar da soltura das aves.
Guilherme, 9 anos, comentou que estava feliz e que gostou de devolver para a natureza uma espécie que já esteve ameaçada de extinção. Heitor, também 9 anos, gostou tanto da atividade que disse querer morar no sítio. Já a aluna Ana Clara, 8, contou que amou passear, mas que ficou encantada mesmo foi com a beleza do pavão!
A secretária de Educação, Márcia Paiva, comentou sobre a ação: “Atividades de educação ambiental despertam nos alunos a consciência de preservação e de cidadania. É muito importante que todos nós entendamos que, desde cedo, é preciso cuidar e preservar, e que o futuro depende do equilíbrio entre homem e natureza e do uso racional dos recursos naturais”, concluiu.