Carioca cria banco de fotos colaborativo mirando demanda por imagens no mercado brasileiro
- Inspirada na gigante Shutterstock, CrayonStock permite que qualquer fotógrafo venda suas imagens na plataforma
RIO – Da lojinha da esquina à gigante da publicidade, não adianta: todo negócio precisa de imagens, seja para criar um simples banner, seja para alimentar seus canais de comunicação on-line e offline. Um jornalista carioca viu aí uma oportunidade e, inspirado em um caso de sucesso lá de fora, criou um banco de imagens colaborativo onde qualquer fotógrafo pode vender suas imagens e empresas podem comprá-las sob demanda.
Lançado em meados de março, o site da CrayonStock começou com um acervo de 25 mil fotos e um time inicial de 26 fotógrafos colaboradores, como Luciana Whitaker e Stefan Hess. O diretor de operações é Ricardo Azoury, com mais de três décadas de fotografia. Segundo o fundador da companhia, Luca Atalla, dois dias após o lançamento da página já eram 265 os colaboradores.
O modelo da CrayonStock vem da Shutterstock, um marketplace de imagens criado em 2003 por um programador que vendia software para bloquear pop-ups e que coletou sozinho mais de 30 mil fotos durante um ano para formar o banco inicial da empresa. Onze anos depois, os números são superlativos: catálogo com mais de 30 milhões de fotos, 55 mil fotógrafos cadastrados, ações na Bolsa e capitalização de mercado que atinge US$ 3 bilhões.
– Sou um grande admirador de Jon Oringer, o criador da Shutterstock, mas suas 30 milhões de imagens são muito a cara do mercado americano e não satisfazem plenamente o brasileiro – disse Atalla, que também fundou a revista “Gracie Magazine”, dedicada ao universo do jiu-jitsu. – Queremos ser a Shutterstock da América Latina.
A CrayonStock oferece suas fotos por meio de pacotes. Um plano que dá direito a 40 fotos com até 800 pixels, por exemplo, sai por R$ 27 e é voltado para publicações on-line, como blogs e portais. Para designers, o plano oferecido é o de R$ 57 ao mês, de 50 imagens com até 3,1 mil pixels. Há ainda pacotes para imagens com maior resolução, para agências de publicidade e outras empresas que precisam de impressões de qualidade. Os fotógrafos ficam com metade de tudo o que o site recebe.
O catálogo da CrayonStock é formado principalmente por imagens ilustrativas, que retratam lugares, objetos e pessoas comuns. Essa última, aliás, é a categoria mais demandada pelos clientes, sobretudo as imagens que mostram mulheres, casais e crianças – de acordo com Atalla, o site exige autorização de imagem relativa a todas as pessoas retratadas. Mas, com a proliferação das redes sociais, fotos de gente são também as mais facilmente pirateadas, como deixa claro a história inusitada vivida por um jornalista do “New York Times” no Brasil.
– A pirataria é o grande problema da fotografia hoje, mas eu acho que ele tem a ver com educação. Nosso objetivo é, de certa forma, educar o mercado e mostrar que empresas podem de fato prejudicar seu negócio se utilizarem fotos pirateadas.
A meta da companhia é fechar o ano com 500 colaboradores e um acervo de 125 mil fotos.
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