Cerca de 250 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos e laboratórios dos municípios do Litoral Norte participaram na última segunda-feira (24) de uma capacitação para otimizar o atendimento às gestantes diagnosticadas com sífilis.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto. O tratamento é a penicilina benzatina (benzetacil), que pode ser aplicada em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS).
O encontro foi organizado pelos Núcleos de Educação Permanente (NEP) dos quatro municípios do Litoral Norte e conduzido pelos técnicos do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP, na Secretaria de Educação de Caraguatatuba.
Abordaram o diagnóstico, tratamento e o acompanhamento das gestantes diagnosticadas com sífilis e o tratamento e acompanhamento de crianças expostas à doença ou já diagnosticadas com sífilis. Também foram apresentados os dados epidemiológicos da região.
A partir desse encontro foram criadas estratégias para conhecer o universo de gestantes em cada território; monitorar a realização de pré-natal com busca ativa de faltosas; acompanhar resultados de exames e realizar convocações e o tratamento das gestantes com sífilis; incentivar adesão do pré-natal do homem e caso necessário tratá-lo adequadamente, entre outros.
A secretária adjunta de Saúde, Derci Andolfo, reafirma que deve ser feito algo para melhorar a situação da sífilis nas quatro cidades. “É uma doença que pode causar aborto ou má formação ao bebê se adquirida durante a gestação e não tratada corretamente. Após esse encontro temos que combater o índice da doença na região e diminuir o número de casos”, destacou.
O diagnóstico é feito com teste rápido disponível em qualquer unidade de saúde do município, com resultado em, no máximo, 30 minutos. A testagem e acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribuem para o controle da sífilis congênita.
A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais e com ínguas nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus.
Após um período, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, avança no organismo, com surgimento de manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias.
Em caso de sintomas, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima: https://tinyurl.com/mrxe47b2.