Acácio Gomes
Os índices de criminalidade divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado têm preocupado constantemente os vereadores de Caraguá. Na última semana mais uma vez o assunto foi comentado na sessão da Câmara, uma vez que a Prefeitura de Caraguá pretende instalar ainda este ano a Guarda Civil Municipal.
Os casos de roubos e furtos na cidade têm chamado a atenção dos parlamentares. Para se ter uma ideia, dos 139 casos de roubos registrados em janeiro deste ano no Litoral Norte, 64 foram em Caraguá, ou seja, quase metade das ocorrências. Nos casos de furtos, dos 709 registrados nas quatro cidades, 251 foram em Caraguá.
Porém, a questão de roubos e assaltos nas chamadas ‘saidinha de banco’, bem como as explosões em caixas eletrônicos virou o foco dos parlamentares.
Ano passado, a Câmara de Caraguá aprovou um projeto do vereador Nilson Lopes da Silva, o Nenzão (PPS) que obriga as instituições bancarias a instalar bombos entre os caixas eletrônicos.
Agora, outro projeto tramita na Câmara de Caraguá, desta vez de autoria do vereador Cristian Alves de Godói, o Baduca Filho (PDT). Trata-se da obrigatoriedade da instalação de câmeras externas de vídeo nas fachadas das instituições bancarias.
Pela proposta, fica obrigatória a instalação de pelo menos três câmeras de vídeo nos estabelecimentos para registrar a movimentação de pessoas.
O não cumprimento da lei prevê advertência, multa de R$ 5 mil, multa de R$ 10 mil até a terceira reincidência e suspensão de alvará de funcionamento após a terceira reincidência.
“A obrigatoriedade das câmeras se dá por conta das ocorrências criminosas nas proximidades destas instituições. Esta proposta levou em consideração o pedido dos munícipes e da contribuição que as imagens captadas poderão ser úteis para a polícia”, justifica o vereador no projeto.
Segundo ele, embora paliativa, a medida constitui importante instrumento no sentido de identificar eventuais ações criminosas. “Da mesma forma que desestimula ataques a pessoas que deixam as agências após efetuarem saques”, explica.
Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado pelos vereadores e depois sancionado pelo prefeito Antônio Carlos da Silva (PSDB).