Depois de 17 dias de internação, primeiramente, no Hospital Santos Dumont de Caraguatatuba e transferido, posteriormente, para a unidade de São José dos Campos, o médico cirurgião geral e oncologista, Élvio José Teixeira Pinotti, 63 anos, teve alta nessa quinta-feira (23) e está em casa.
O médico contou que o único sintoma da Covid-19 que teve foi dor de garganta e tosse seca, que teve início no dia 24 de março. “Não tive febre, dor no corpo, dor de cabeça, perda de olfato e do paladar”, afirmou.
#PraCegoVer: Médico Élvio Pinotti está deitado numa maca, dois profissionais da Saúde, paramentados com macacão impermeável, máscara e óculos, empuram a cama hospitalar em direção ao quarto.
Ele descobriu a doença por insistência de um colega médico que indicou uma tomografia dos pulmões. Por meio desse exame, primeiro na Casa de Saúde Stella Maris e repetido alguns dias depois, no Hospital Santos Dumont, foi constatada a imagem de vidro fosco, em ambos, que é característica do novo coronavírus.
“Para mim foi um susto quando decidiram que seria melhor ser internado. Como a tosse piorou junto com muita falta de ar, fui transferido para o Hospital Santos Dumont de São José dos Campos e fiquei dois dias na UTI semi-intensiva e, graças a Deus, não precisei ser intubado”, explicou.
De acordo com Pinotti, a experiência de passar de médico a paciente foi angustiante. “Sou cirurgião há 36 anos e nunca tive problemas. De repente me vejo com uma doença que ninguém sabe como líder nem eu. Dá muito medo, teve momentos que achei que ia morrer”, avaliou.
No período de internação, o médico passou por três SWABs (exame que coleta secreção da garganta e narinas). Os dois primeiros deram positivos e o terceiro negativo. Livre da doença, agora ele aguarda o resultado do exame de sangue IgG e IgM, o qual demonstra que o organismo desenvolveu anticorpos para o novo coronavírus.
Sob os cuidados da família, na residência, em Caraguatatuba, o médico disse que a meta é se recuperar fisicamente antes de voltar ao trabalho, pois perdeu 16 kg, durante o período de internação.
“Só tenho a agradecer a todos que oraram por mim e aos médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares que cuidaram de mim. Peço veementemente a toda a população que fique em casa, quem puder. Quem não puder, só saia usando máscara protetora e evitem aglomerações. Esse vírus é real e as consequências são duras”, alertou.
Curados – Caraguatatuba também comemora o restabelecimento completo de nove outros pacientes: a aposentada, Nair Del Biano de Nadai, 71 anos; a Técnica em Enfermagem, Cristina Vieira Simões, 43 anos; a Agente de Controle de Zoonoses, Evileide dos Santos Prado, 31 anos; os médicos Thaís de Almeida Oliveira, 30 anos, Hamilton Mudesto, 41 anos, Gustavo Boher, 53 anos, e Romário Miranda Pacheco Filho, 47 anos; e os funcionários do setor administrativo da Organização João Marchesi, que administra as Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento do município, Mário César de Souza, 52 anos, e Nathália do Nascimento Martins, 31 anos.
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