Apenas serviços essenciais serão autorizados a funcionar aos sábados e domingos. Capital e Grande SP também devem regredir para a fase laranja do plano, na qual bares não podem operar. Reclassificação será anunciada pelo governo na tarde desta sexta-feira (22).
Por G1 SP — São Paulo
Movimentação de consumidores na Rua 25 de março, área de comércio popular no centro de São Paulo, nesta quarta-feira, 9 de dezembro de 2020. A busca por artigos e presentes de Natal já é grande na região — Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO
Após mais uma semana de piora nos indicadores da Covid-19 em São Paulo, a gestão João Doria (PSDB) deve anunciar nesta sexta-feira (22) regras mais restritivas de isolamento social, e determinar que todo o estado fique na fase vermelha do plano de flexibilização econômica aos finais de semana.
Além da permanência temporária na fase mais restritiva, na qual apenas serviços essenciais podem funcionar, regiões como a capital paulista e a Grande São Paulo devem regredir para a fase laranja nos dias úteis, na qual os bares não podem operar.
Desde o início do ano, o governo paulista tem feito reclassificações semanais. No final de 2020, a gestão estadual chegou a colocar o estado na fase vermelha durante as festas de final de ano para tentar evitar aglomerações e, consequentemente, os riscos de contaminação.
O Plano São Paulo prevê o rebaixamento para fases com regras mais restritivas da quarentena em regiões que apresentam grande aumento semanal de novas internações, mortes, casos ou taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“As restrições de horários e serviços têm como objetivo diminuir a circulação das pessoas e, com elas, do vírus.”
Apesar de destacar o aumento da ocupação de leitos de UTI no interior e na Grande São Paulo, o governo não antecipou quais são as regiões que devem mudar de fase.
“Tivemos como taxa de ocupação em leitos de UTI na Grande São Paulo um aumento significativo em números percentuais, especialmente de 5 de janeiro até 19 de janeiro, em que passamos de 65% para 70,5%. No interior e no litoral essa média foi maior, [subiu] cerca de 10% do início de janeiro até dia 19 de janeiro, mostrando nitidamente a franca expansão da pandemia principalmente no interior. O estado como um todo teve um incremento de 8% nas taxas de ocupação de UTI”, disse o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa nesta semana.
Na terça-feira (19), o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, já havia adiantado que a piora nas taxas de ocupação de UTI poderia levar ao rebaixamento da Grande São Paulo, que inclui a capital, e da região de Sorocaba.
Cinco municípios da Grande São Paulo já apresentaram índices acima de 80% na última sexta-feira (15). Isso fez com que o governo recomendasse que os prefeitos adotassem medidas da fase vermelha – a mais restritiva – mesmo que a região tivesse sido mantida na amarela.
Segundo a última reclassificação do Plano São Paulo, no dia 15 de janeiro, apenas a região de Marília foi rebaixada oficialmente para a fase vermelha.
Dez regiões estão atualmente na fase laranja, e outras seis, incluindo a Grande São Paulo, na amarela (veja, abaixo, a lista completa e as regras para cada fase).
Mortes e casos em alta
O estado já registra média diária de mortes por Covid-19 acima de 200 há mais de 13 dias seguidos, o que não acontecia desde setembro de 2020.
Tanto os novos óbitos quanto os novos casos de coronavírus estão com tendência de alta. Na terça, SP ultrapassou a marca de 50 mil mortes provocadas pela doença.
Classificação atual no estado
18ª reclassificação do Plano São Paulo manteve região de Campinas na fase amarela, mas regrediu Piracicaba — Foto: Governo de SP
Vermelha – só operam serviços essenciais
- Marília
Laranja – bares não abrem, e demais serviços funcionam com restrições de horários e capacidade
- Araçatuba
- Bauru
- Franca
- Piracicaba
- Ribeirão Preto
- São José do Rio Preto
- Taubaté
- Sorocaba
- Registro
- Presidente Prudente
Amarela – bares podem funcionar até 20h
- Araraquara
- Barretos
- Baixada Santista
- Campinas
- Grande São Paulo
- São João da Boa Vista
O que funciona na Fase Laranja
(fase sofreu alterações no dia 5 de janeiro e passou a ser mais permissiva)
- Todos os setores de comércio e serviços passam a ser permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido.
- Capacidade de ocupação: antes era de 20% e vai para 40% em todos os setores.
- Funcionamento máximo: ampliado de 4 para 8 horas por dia.
- Horário de fechamento: atendimento presencial só poderá ser feito até 20h.
- Parques estaduais, salões de beleza e academias: poderão abrir.
O que funciona na Fase Amarela
- A capacidade máxima passa a ser limitada a 40% de ocupação para todos os setores. Antes, o percentual variava por setor: academias podiam operar com apenas 30% da ocupação, por exemplo.
- O atendimento presencial ao público pode ser feito apenas até as 22h, em todos os setores, exceto no setor de bares, que pode funcionar até as 20h.
- O horário de funcionamento passa a ser limitado a 10 horas por dia para todos os setores. Antes, o horário variava por setor.
Serviços essenciais que podem funcionar na Fase Vermelha
- Farmácias
- Mercados
- Padarias
- Açougues
- Postos de combustíveis
- Lavanderias
- Meios de transporte coletivo, como ônibus, trens e metrô
- Transportadoras, oficinas de veículos
- Atividades religiosas
- Hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria.
- Bancos
- Pet shops