WORLD CITIES 2012
O alcance sem fronteiras da dança
Antes da coreógrafa alemã Pina Bausch morrer em 2009, ela havia planejado encenar dez de seus espetáculos em Londres como parte das celebrações dos Jogos Olímpicos da cidade. O programa foi descontraidamente discutido em um jantar com Alistair Spalding, diretor artístico do Sadler’s Wells, mas o prospecto era intimidante. As produções de Bausch tendem a ser façanhas técnicas, que incluem encher palcos com toneladas de terra, litros de água – ou galinhas e ovelhas. “Produzir um espetáculo de Pina é o bastante”, diverte-se Spalding. “Produzir dez é burrice”. Mas a morte intempestiva de Bausch fez com que o programa se tornasse um tributo apropriado, e um novo modo de a companhia fundada por ela, o Tanztheater Wuppertal, na Alemanha, encontrar o seu caminho sem a sua patrona.
O resultado é “World Cities 2012”, encenado até 9 de julho no Sadler’s Wells e no Barbican como parte do Festival de Londres 2012. Englobando mais de 25 anos da coreografia de Bausch, cada peça é o produto de uma estadia estendida em uma cidade diferente, de Saitama a Istanbul, e é infundida com a sensibilidade local.
O dom de Pina Bausch era expressar sentimentos profundos sem clichês ou uma narrativa clara. A sua coreografia baseia-se no valor mundano do gesto – o modo de as pessoas reagirem, ficarem tensas ou falarem – o que dá uma qualidade evocativa à dança. Com frequência, há um elemento de tragédia fermentando no movimento, conforme homens e mulheres tentam alcançar uns aos outros e seus movimentos saem desesperados, confusos ou são mal entendidos. Os seus dançarinos com frequência parecem desajeitados, até bobos, em figurinos que não lhes caem bem. E há momentos de humor inesperado, beirando o absurdo, e também a glória.
O resultado é “World Cities 2012”, encenado até 9 de julho no Sadler’s Wells e no Barbican como parte do Festival de Londres 2012. Englobando mais de 25 anos da coreografia de Bausch, cada peça é o produto de uma estadia estendida em uma cidade diferente, de Saitama a Istanbul, e é infundida com a sensibilidade local.
O dom de Pina Bausch era expressar sentimentos profundos sem clichês ou uma narrativa clara. A sua coreografia baseia-se no valor mundano do gesto – o modo de as pessoas reagirem, ficarem tensas ou falarem – o que dá uma qualidade evocativa à dança. Com frequência, há um elemento de tragédia fermentando no movimento, conforme homens e mulheres tentam alcançar uns aos outros e seus movimentos saem desesperados, confusos ou são mal entendidos. Os seus dançarinos com frequência parecem desajeitados, até bobos, em figurinos que não lhes caem bem. E há momentos de humor inesperado, beirando o absurdo, e também a glória.