Governo brasileiro programa nove painéis com especialistas na cúpula.
Grupos se reúnem entre dias de negociação e do segmento de alto nível.
As nove reuniões terão especialistas que vão desde ganhadores do Nobel a presidentes de empresas e celebridades engajadas. Cada encontro vai formular três recomendações, que serão apresentadas aos chefes de estado, ao final da conferencia.
De acordo com Figueiredo, a ideia é “dar voz ao conhecimento da sociedade civil” e levá-lo aos chefes de estado”, além de estimular o debate.
A Rio+20 é considerada uma das principais reuniões de cúpula de toda a Organização das Nações Unidas (ONU). O nome se refere ao aniversário de 20 anos da Rio 92.
O evento completo transcorre de 13 a 22 de junho. Nos primeiros três dias, de 13 a 15, ocorrerão as negociações finais sobre o documento que será encaminhado para discussão dos chefes de estado no chamado “segmento de alto nível”, que ocorre de 20 a 22.
As discussões da sociedade civil ocorrem no intervalo, entre 16 e 19 de junho. A iniciativa, inédita, é do governo brasileiro, que reúne as responsabilidades de país-sede e de presidência do encontro.
Em foco
Nove temas terão foco durante os diálogos: água e florestas, energia sustentável para todos e inovação; cidades sustentáveis; oceanos; desemprego, trabalho decente e migrações; crise econômica e financeira; economia do desenvolvimento sustentável e padrões de produção e consumo; erradicação da pobreza; e segurança alimentar e nutricional.
Os convites para os debatedores estão sendo enviados pela organização da Rio+20 e até agora não há nomes confirmados. A plateia de duas mil pessoas também será formada por convidados, seguindo indicações de organizações não-governamentais, organismos internacionais, agências da ONU e do governo e empresas. As reuniões acontecerão na plenária da conferência.
A discussão deve começar em cima de doze recomendações iniciais, que serão formuladas e votadas pela internet. Dessas, sairão três recomendações finais a partir de voto dos debatedores e também do público convidado.
As 27 recomendações finais (três por tema) serão apresentadas para os chefes de estado, quando eles se reunirem para negociar o texto final da conferência. Eles não terão obrigação de levar as ideias apresentadas em suas decisões, mas a organização do evento quer que elas façam parte dos debates pós-Rio+20, na aplicação dos resultados da conferência.