Cidades querem voos da Copa
Taubaté e Guará entram na briga por voos da Copa que ‘sobrarem’ de terminais como o de Guarulhos; investimento em novas pistas pode garantir às cidades a condição de sub-sedes do evento em 2014
São José dos Campos
Outros dois projetos na região surgem como alternativa para receber voos durante a Copa do Mundo no Brasil. São os aeródromos utilizados pelas Forças Armadas em Guaratinguetá e Taubaté.
Em Guará, representantes da SAC (Secretaria de Aviação Civil) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vistoriaram na última semana a pista do aeroporto Edu Chaves, hoje dividido entre a Escola de Especialistas da Aeronáutica e o aeroclube da cidade.
De acordo com o vice-prefeito de Guará, Miguel Sampaio (PSB), até o final do mês, um convênio entre prefeitura, governo do Estado e governo federal será firmado para dar início à elaboração de um projeto para que o local passe a receber voos comerciais.
Com verba estadual de R$ 150 mil para elaboração do projeto, a intenção é utilizar uma área de 170 mil metros quadrados para a construção de um terminal para passageiros e hangares para empresas de manutenção de aeronaves.
“O projeto ainda será concluído, mas já temos um estudo de que uma obra dessa ficará em torno de R$ 22 milhões. Será um aeroporto voltado para voos regionais e fretados para o turismo religioso”, afirmou Sampaio.
O comandante da Escola de Especialistas, brigadeiro Jeferson Domingos, se mostrou favorável à modernização do local, disse o vice-prefeito. “Ele se mostrou 100% favorável à ideia, foi uma grata surpresa.”
Questionado sobre a viabilidade do projeto, o Comando da Aeronáutica não se manifestou até as 20h de sexta-feira.
A SAC disse que todos os aeródromos do país estão sendo analisados e que o futuro de cada um deles será descrito no Plano Geral de Outorgas, com previsão para ser divulgado até o final deste semestre.
Adaptação. Já em Taubaté, a tentativa de candidatura da cidade como sub-sede da Copa pode reativar um projeto modernização da estrutura ao redor da pista do Cavex (Comando de Aviação do Exército).
Inicialmente, a intenção do município era viabilizar a construção de uma pista de 3.200 metros de comprimento ao lado da atual do Cavex para recebimento de voos de carga.
Apesar de estar em estágio avançado, o projeto, feito em 2008, foi abandonado por falta de apoio. “Caminhamos até onde nossas pernas alcançaram. Agora depende governo federal, estadual, de forças políticas”, disse o secretário de Planejamento de Taubaté, Antônio Carlos Pedrosa.
Agora, a Secretaria de Turismo, com apoio de órgãos como o Ciesp, tenta finalizar projeto para que a pista receba voos fretados durante a Copa. “Até o fim de maio devemos ter novidades”, disse o diretor do Ciesp, Fábio Duarte.
Especialista defende avaliação de demanda
são José dos campos
O especialista em transporte aéreo e ex-superintendente de infraestrutura da Anac Anderson Correia lembra que por questões de tráfego aéreo a SAC deve eleger suas prioridades na região.
Desta forma, seria difícil que todos os aeródromos operassem ao mesmo tempo.
“Uma região como o Vale do Paraíba não possui, hoje, escala suficiente para a operação de quatro aeroportos com voos regulares, ainda mais considerando que Guarulhos é muito próximo e também existe uma iniciativa para Mogi das Cruzes. É necessário que a Secretaria de Aviação Civil estabeleça alguma prioridade, caso contrário a região perde eficiência, tanto operacional, como financeira”, disse.
Correia conhece todos os projetos de ampliação de aeródromos na região, no entanto, acredita que o de São José é o mais viável.
“Nenhum (projeto) teria comprimento de pista suficiente para processamento de voos internacionais, como o Aeroporto de São José. Além disso, São José fica mais próximo de São Paulo, o que facilita muito para buscar passageiros e cargas de São Paulo e estabelecer alguma sinergia com Guarulhos. Para a Copa do Mundo, isto pode ser essencial”, disse o especialista.
SAIBA MAIS
tamanho das pistas
São José: 2.676 metros
Taubaté: 1.500 metros
(pista projetada): 3.200 m
CEA em Caçapava: 1.550 m
Guará: 1.551m
projetos
Prefeituras tentam agilizar aprovação de projetos para aumentar ‘lobby’ para receberem delegações da Copa
favoritos
Especialista da Anac, Sylvio José Coelho de Souza, disse que projeto de São José está quatro anos atrasado
São José dos Campos
Outros dois projetos na região surgem como alternativa para receber voos durante a Copa do Mundo no Brasil. São os aeródromos utilizados pelas Forças Armadas em Guaratinguetá e Taubaté.
Em Guará, representantes da SAC (Secretaria de Aviação Civil) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vistoriaram na última semana a pista do aeroporto Edu Chaves, hoje dividido entre a Escola de Especialistas da Aeronáutica e o aeroclube da cidade.
De acordo com o vice-prefeito de Guará, Miguel Sampaio (PSB), até o final do mês, um convênio entre prefeitura, governo do Estado e governo federal será firmado para dar início à elaboração de um projeto para que o local passe a receber voos comerciais.
Com verba estadual de R$ 150 mil para elaboração do projeto, a intenção é utilizar uma área de 170 mil metros quadrados para a construção de um terminal para passageiros e hangares para empresas de manutenção de aeronaves.
“O projeto ainda será concluído, mas já temos um estudo de que uma obra dessa ficará em torno de R$ 22 milhões. Será um aeroporto voltado para voos regionais e fretados para o turismo religioso”, afirmou Sampaio.
O comandante da Escola de Especialistas, brigadeiro Jeferson Domingos, se mostrou favorável à modernização do local, disse o vice-prefeito. “Ele se mostrou 100% favorável à ideia, foi uma grata surpresa.”
Questionado sobre a viabilidade do projeto, o Comando da Aeronáutica não se manifestou até as 20h de sexta-feira.
A SAC disse que todos os aeródromos do país estão sendo analisados e que o futuro de cada um deles será descrito no Plano Geral de Outorgas, com previsão para ser divulgado até o final deste semestre.
Adaptação. Já em Taubaté, a tentativa de candidatura da cidade como sub-sede da Copa pode reativar um projeto modernização da estrutura ao redor da pista do Cavex (Comando de Aviação do Exército).
Inicialmente, a intenção do município era viabilizar a construção de uma pista de 3.200 metros de comprimento ao lado da atual do Cavex para recebimento de voos de carga.
Apesar de estar em estágio avançado, o projeto, feito em 2008, foi abandonado por falta de apoio. “Caminhamos até onde nossas pernas alcançaram. Agora depende governo federal, estadual, de forças políticas”, disse o secretário de Planejamento de Taubaté, Antônio Carlos Pedrosa.
Agora, a Secretaria de Turismo, com apoio de órgãos como o Ciesp, tenta finalizar projeto para que a pista receba voos fretados durante a Copa. “Até o fim de maio devemos ter novidades”, disse o diretor do Ciesp, Fábio Duarte.
Especialista defende avaliação de demanda
são José dos campos
O especialista em transporte aéreo e ex-superintendente de infraestrutura da Anac Anderson Correia lembra que por questões de tráfego aéreo a SAC deve eleger suas prioridades na região.
Desta forma, seria difícil que todos os aeródromos operassem ao mesmo tempo.
“Uma região como o Vale do Paraíba não possui, hoje, escala suficiente para a operação de quatro aeroportos com voos regulares, ainda mais considerando que Guarulhos é muito próximo e também existe uma iniciativa para Mogi das Cruzes. É necessário que a Secretaria de Aviação Civil estabeleça alguma prioridade, caso contrário a região perde eficiência, tanto operacional, como financeira”, disse.
Correia conhece todos os projetos de ampliação de aeródromos na região, no entanto, acredita que o de São José é o mais viável.
“Nenhum (projeto) teria comprimento de pista suficiente para processamento de voos internacionais, como o Aeroporto de São José. Além disso, São José fica mais próximo de São Paulo, o que facilita muito para buscar passageiros e cargas de São Paulo e estabelecer alguma sinergia com Guarulhos. Para a Copa do Mundo, isto pode ser essencial”, disse o especialista.
SAIBA MAIS
tamanho das pistas
São José: 2.676 metros
Taubaté: 1.500 metros
(pista projetada): 3.200 m
CEA em Caçapava: 1.550 m
Guará: 1.551m
projetos
Prefeituras tentam agilizar aprovação de projetos para aumentar ‘lobby’ para receberem delegações da Copa
favoritos
Especialista da Anac, Sylvio José Coelho de Souza, disse que projeto de São José está quatro anos atrasado