Itaquerão abriga casamento coletivo com Andrés como testemunha
Meta anunciada pelos organizadores antes do evento era unir oficialmente 62 casais para a cerimônia deste domingo
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A meta anunciada pelos organizadores antes do evento era unir oficialmente 62 casais, nos quais o homem ou a mulher trabalham nas obras do estádio (há apenas um caso em que ambos são funcionários). A iniciativa foi da construtora Odebrecht, que já realizou casamentos coletivos anteriores em obras no Maranhão e em Pernambuco.
“As pessoas se juntam e passam a morar sob o mesmo teto, mas por uma série de motivos não formalizam essa união. Nada mais justo do que trazer a família para dentro da nossa obra”, afirmou Domingos de Araújo, gerente administrativo financeiro da construtora e idealizador do casamento no Itaquerão.
Frederico Barbosa, gerente de operações da construtora responsável pelo empreendimento, resolveu participar ativamente da cerimônia ao lado dos funcionários. “São 30 anos de casamento e estamos aproveitando para renovar os nossos votos”, explicou o executivo.
A cerimônia religiosa, antecedida pela união civil, foi realizada dentro da quadra de grama sintética que abriga as peladas dos funcionários. O casamento não teve o glamour com o qual todas as noivas certamente sonharam, mas deixou Andrés Sanchez satisfeito.
“A construção do estádio por si só já é gratificante, mas essas ações sociais que a construtora e oCorinthians vêm fazendo nos orgulham mais ainda e mostram que o Brasil ainda está longe de oferecer cidadania à população. Se nesse país ainda tem gente que nasce e não registrada, imagine os casamentos”, disse o ex-presidente.
Sem o tradicional atraso, as noivas chegaram ao lado dos demais convidados e precisaram levantar os próprios vestidos para evitar a sujeira do piso de asfalto molhado recentemente. Acostumado com casamentos coletivos, o padre Sílvio Souza aprovou a iniciativa.
“A oficialização da união civil e religiosa faz com que haja um comprometimento do casal e aumenta as sua responsabilidades, mesmo para os que já têm filhos grandes. É uma forma de fazer com que eles fiquem ainda mais unidos”, afirmou o padre, que se disse corintiano.
O evento terminou com a festa dos recém-casados, boa parte ao lado dos respectivos filhos. Com garrafas pet de refrigerante no lugar de bebidas alcoólicas, os cônjuges e seus convidados brindaram a união em copos de plástico enquanto o chão tremia pela ação das máquinas da obra.