Gestor admite caos e anuncia contratação de mais um médico
O gestor administrativo da Unidade de Pronto Atendimento, Aldo Tessaroto, admitiu o caos no atendimento no local nos últimos dias. “Estamos chegando a um pico de 600 atendimentos por dia e é muito mais do que esperávamos”.
Ela também admitiu que muita gente vai lá para ver a unidade. “Por ser uma unidade nova, muita gente acha que é um shopping e vem conhecer o serviço”. Com isso, além da lotação na saguão de entrada, as equipes ainda devem dar conta dos casos de emergências que chegam a toda hora.
A maior dificuldade encontrada é o encaminhamento dos pacientes que necessitam de atendimentos mais complexos. “A Santa Casa alega constantemente que não tem leito. Em casos extremos temos de acionar um auditor da Secretaria Municipal de Saúde para fiscalizar as instalações e, caso tenha vaga, nós mandamos imediatamente o paciente”.
Ele comentou que já houve casos de paciente aguardar até cinco dias por uma vaga na UTI e em outras situações precisou registrar boletim de ocorrência.
Ainda conforme Tessaroto, para driblar a burocracia há necessidade de acionar a Central de Regulação de Operações e Serviços de Saúde (Cross) que busca leitos disponíveis em outros hospitais do Estado.
Ele acredita que o problema deve ser atenuado a partir desta semana com a contratação de mais um clínico geral que poderá fazer o atendimento básico no consultório, liberando, assim, um médico para ficar mais atento aos casos mais graves de pacientes na UTI.
Atualmente, a UPA conta com quatro médicos, dos quais três são clínicos gerais e um cirurgião. Ainda são 20 leitos de observação (sendo dois para isolamento) e seis para emergência.
Competência
Outro problema que acarreta o grande fluxo de pacientes nas dependências da UPA, segundo o gestor administrativo, é com relação à competência e triagem de atendimento básico. “Somos uma unidade para atender urgência e emergência, mas tem paciente que vem aqui com um dor de cabeça fraca e até para pedir atestado médico”.
Diante desta situação, o Grupo Bandeirante e a Secretaria Municipal de Saúde devem elaborar uma cartilha informando a população sobre quem procurar em caso de saúde, bem como orientando as equipes das UBSs. (A.G e M.C).
fonte imprensa livre