Durou pouco menos de meia hora a prestação de contas do prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva
Mara Cirino
Durou pouco menos de meia hora a prestação de contas realizada na última terça-feira pelo prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva (PSDB), aos vereadores e a uma galeria lotada, sendo a maior parte de servidores comissionados e secretários, na Câmara Municipal.
Neste período ele falou, sem ser questionado pelos parlamentares, sobre as medidas adotadas para ajudar os maricultores afetados pelo derramamento de óleo que afetou a fazenda de mexilhão na Praia da Cocanha, abordou o motivo das alterações no Pronto-Socorro e sobre as interferências que a implantação dos Contornos trará para as famílias que devem ter suas casas desapropriadas.
“Me comprometo aqui e vou precisar desse parlamento porque a prefeitura vai oferecer áreas e as casas construídas deverão ser iguais às dos moradores que serão afetados por essa obra”. Ele destacou, ainda, que esse foi seu compromisso de campanha e vai lutar até o fim. “O Estado não tira uma casa aqui sem a concordância do município”, apontou e frisou a necessidade de fazer o acompanhamento social de todo o processo.Com relação ao maricultores, o prefeito destacou os motivos que o levaram a fazer projeto para repassar uma ajuda de custo da prefeitura no valor equivalente a dois salários mínimos (R$ 1.356) por um período de oito meses aos maricultores e pescadores afetados pelo vazamento de óleo, além de celebrar um convênio com a Associação dos Maricultores e Pescadores da Praia da Cocanha, no valor de R$ 200 mil, podendo suplementar em até R$ 242 mil para custear os reparos provocados pelo desastre, perfazendo em torno de R$ 659 mil no total.
Ele voltou a questionar a atitude da empresa pela demora na comunicação do desastre ambiental que culminou que os prejuízos incalculáveis que sofreram os maricultores de Caraguatatuba.
Como era esperado, Antonio Carlos aproveitou a ocasião para explanar sobre a situação da saúde, os motivos que o levaram a levar o Pronto-Socorro para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), inviabilizando o funcionamento do existente da Casa de Saúde Stella Maris. Voltou a destacar que desde o início queria que o Pronto-Socorro do hospital fosse municipalizado, inclusive conseguindo verba do governo do Estado para a construção de novo prédio, que hoje se encontra sem utilização, mas que não houve acordo com as irmãs que administram o hospital.
Ele ressaltou ainda o investimento de 30% do orçamento do município no setor, o dobro do que é determinado pela legislação desde 2004. “Agora espero que, em breve, seja resolvido o impasse com a Casa de Saúde Stella Maris, que está em negociação com o Governo do Estado”.
Com relação ao Hospital Regional, Antonio afirmou que está fazendo gestão para que seja em Caraguatatuba e espera que a gestão seja mais técnica do que política.
Aniversário
Com as proximidades do aniversário de 156 anos de Caraguatatuba, Antonio Carlos também falou de algumas inaugurações que estão previstas como os Centros Integrados de Desenvolvimento Educacional (Cides) nos bairros do Perequê-Mirim, Tinga e Casa Branca que serão batizados com nomes de ex-ministro e ex-secretários de Educação.
Destacou a pavimentação de 242 ruas nos bairros Jetuba, Cidade Jardim, Jardim Itaúna, Poiares, Jardim Aruan, Jardim Britânia, Praia das Palmeiras, Golfinho, Porto Novo, Morro do Algodão, Barranco Alto, Perequê-Mirim e Rio do Ouro, a construção do Centro-Dia do Idoso, Terminal Turístico do Porto Novo, das 1.220 casas populares e dos Centros Comunitários do Morro do Algodão e Massaguaçu, além da Praça Sensorial “Mitsuo Kashiura”, no Cidade Jardim.
O prefeito também antecipou que o município será sede novamente dos Jogos Regionais dos Idosos (Jori). “Até parece que as outras cidades não querem. Mas nós recebemos sim aqui em Caraguá que tem uma estrutura para a competição”.
Foto: Imprensa Livre