Avenida principal do bairro será duplicada e se transformará em uma das alças de acesso do Contorno Sul, revela secretário de Serviços Públicos
Mara Cirino
Moradores das imediações do Pegorelli e Travessão, na Região Sul de Caraguatatuba pedem que a Prefeitura providencie melhorias na avenida José Geraldo Fernandes da Silva, principal ligação entre os bairros. A situação está crítica em vários trechos até em função dos caminhões que levam terra da barreira para o canteiro de obras onde serão construídas 720 unidades habitacionais. As ruas adjacentes também estão esburacadas e há dificuldade de tráfego dos usuários.
O Pegorelli tem cerca de 1.700 famílias e em torno de 4 mil moradores. Dividido entre a área urbana e a rural, ainda sofre com os problemas estruturais são visíveis. O que se vê na avenida são ciclistas disputando espaço com caminhões, carros cortando a faixa porque se tem veículo estacionado de um lado da via, não há espaço suficiente para passar dois carros, motos, local de parada de ponto de ônibus com crateras alagadas ou cheias de terras, entre outros problemas.
A dona de casa Janete Barreto, 48 anos, se arrisca na bicicleta para ir buscar o filho na escola. “Agora é assim, caminhão passando toda hora e essa buraqueira. Tenho de esperar para ver se não vem mais nenhum para conseguir passar, ainda sim é muito perigoso”. Toda a avenida foi repavimentada em 2009 após convênio do município com o Departamento de Estradas de Rodagens (DER), por meio do programa Pró-Vicinais.
Essa questão do perigo também é a visão do motorista Luciano Gomes dos Santos, 32 anos, representante da Associação dos Moradores do Travessão, que destaca a atual situação do bairro. “Está perigoso, não temos sinalização, quando chove fica intransitável”, aponta ele que já protocolou pedidos de melhorias na Secretaria de Serviços Públicos (Sesep).
Com relação ao estado das ruas, ele mostra a Benedito Cruz que ficou destruída após a passagem dos caminhões que iam despejar as terras na obra e usavam sua como acesso. “Tivemos de parar 16 caminhões na avenida para que fôssemos atendidos”, relembra. Hoje, após auxílio da Sesep, ele espera que os serviços sejam concluídos.
Alça de acesso
Ontem, o secretário da Sesep, Sergio Braz, explicou que estão previstas uma série de melhorias para o bairro, entre elas, a duplicação da avenida José Geraldo Fernandes da Silva, do trevo com a avenida José Pinheiro da Costa Junior até o morro aonde vai uma das alças de acesso do Contorno Sul, cujas obras devem ser iniciadas ainda neste ano.
De momento, para amenizar a situação, a construtora responsável pela obra do conjunto habitacional deve fazer a manutenção da via com a colocação de bica corrida para tapar os buracos que se agravam com a passagem dos caminhões. “Já conversamos com os responsáveis e eles farão este serviço”, antecipa Braz.
Quanto a rua Benedito Cruz o secretário explica que ela já recebeu rachão, colocado pela construtora, o que elevou a via em 40 centímetros evitando que a mesma fique alagada nos períodos de chuva. “Vamos retirar o excedente de terra para que a água escoe pelas laterais e não fica mais no meio do leito carroçável, prejudicando a passagem dos veículos e moradores”, complementa o secretário.
Iluminação
Para levar mais melhorias aos bairros da região sul, Sérgio Braz destaca que está em fase final processo de licitação para a aquisição de 2 mil luminárias que serão colocadas na área.
“Este é um trabalho que deve ser feito pela concessionária Bandeirante, mas devido à demora, o prefeito (Antonio Carlos da Silva) autorizou a compra e a instalação será feita por funcionários públicos, o que reduzirá mais o custo”.
Segundo ele, serão 1 mil luminárias de um braço e outras mil com dois braços, sendo que essas serão instaladas no trecho duplicado da avenida José Pinheiro da Costa Junior, no Travessão. “As luminárias simples serão colocadas nos pontos considerados críticos como local de passagem de moradores, ruas com mais residências, onde há comércio.
Os critérios estão sendo estudados com a comunidade”, explica Braz. O custo estimado é de R$ 700 mil e a previsão para o início dos serviços é de dois meses.
Foto: Mara Cirino/IL