Santa Casa de Caraguá volta a atender nesta segunda (22), diz prefeitura
Administração espera reabrir alas de internação e emergência da unidade.
Atendimento a pacientes do SUS está paralisado há mais de uma semana.
A Prefeitura de Caraguatatuba informou que espera reabrir as alas de internação e emergência da Santa Casa Stella Maris nesta segunda-feira (22). Segundo a assessoria da prefeitura, neste fim de semana foi feito um inventário de todos os equipamentos da unidade e também uma negociação com os médicos que estão em greve.
Na última quinta-feira (18), a justiça aceitou o pedido feito pela prefeitura para intervenção no hospital. Foi determinado um prazo de 24 horas para que a direção do hospital e administração municipal chegassem a um acordo sobre o valor do repasse à unidade. O atendimento a pacientes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) está paralisado há mais de uma semana.
A greve conta com cerca de 70 médicos, que acusam que os salários estão atrasados. Além disso, a classe diz também que falta material para o atendimento a pacientes. Diante da situação, a administração municipal decretou no último dia 15 estado de emergência e calamidade pública na saúde da cidade.
Entenda o caso
Após uma semana de paralisação, a greve dos médicos do único hospital de Caraguatatuba afeta hospitais de cidades vizinhas, como São Sebastião , onde a prefeitura decidiu suspender as cirurgias eletivas alegando que aumentou em mais de 20% o número de atendimentos realizados nas unidades municipais de saúde.
Os problemas são causados por um impasse entre prefeitura e Santa Casa que envolve o valor repassado pela prefeitura para custear os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A direção do hospital pede pelo menos R$ 1,1 milhão mensal e a última oferta do município foi de R$ 870,6 mil.
Repasse
A direção da Santa Casa informou que depois da inauguração da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Caraguá, em fevereiro, a prefeitura reduziu o valor que é repassado para a unidade. Com isso, a dívida do município com o hospital passaria dos R$ 4 milhões.
A Secretaria de Saúde do município não reconhece essa dívida e disse que não conseguiu um acordo com a unidade. A idéia era aumentar o repasse desde que a prefeitura participasse da administração do hospital.
Essa é a segunda vez em menos de três meses que o atendimento é paralisado na unidade por conta dos mesmos problemas. Em abril houve uma paralisação de quase uma semana para atendimento de casos de urgência e emergência.
Do G1 Vale do Paraíba e Região