Movimento, que deve reunir 700 trabalhadores, pretende parar a Rodovia SP-55 em São Sebastião e Caraguá nesta quinta-feira
Acácio Gomes
O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP) programou para hoje, a partir das 7h, um manifesto em frente aos portões de entrada do Terminal Aquaviário Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, e da Unidade Tratamento de Gás Natural Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguá.
Trata-se de uma mobilização unificada da categoria para exigir da Petrobras uma proposta que atenda as demandas dos trabalhadores (acordo coletivo), o cancelamento do leilão do Campo de Libra agendado para dia 21 de outubro e o fim do projeto que prevê a terceirização de serviços.
Pelo menos 700 trabalhadores devem participar do movimento, sendo cerca de 200 em Caraguá e pelo menos 500 em São Sebastião. De acordo com o Sindipetro-LP, o manifesto não tem hora para terminar e há, inclusive, previsão de fechamento da Rodovia SP-55 em ambas cidades.
Segundo Eduardo José Silva, coordenador jurídico do Sindipetro-LP, em Caraguá outra bandeira do manifesto é justamente a questão da segurança na UTGCA.
“Foram registrados vazamentos no local de C5+ e benzeno, que é cancerígeno. Tivemos notícia de interdição na oficina, ou seja, muitos problemas que colocam em risco os trabalhadores”, explicou.
Atualmente, de acordo com o sindicalista, a UTGCA conta com pelo menos 200 trabalhadores próprios e 400 terceirizados somente na parte operacional, além de mais 600 terceirizados para as obras de ampliação, totalizando 1,2 mil pessoas.
Em São Sebastião, o manifesto está sendo organizado pelos trabalhadores aposentados e pensionistas. Segundo informações do sindicalista Carlos Puríssimo, o movimento começará por volta das 7h e a previsão de término será às 17h.
“Aqueles que forem chegando ao trabalho podem aderir ao movimento, que é pacífico, porém quer alertar sobre a discriminação aos aposentados e em defesa da anistia aos demitidos do Sistema Petrobras. O movimento é nacional e claro que vamos falar das imposições de cláusulas nas negociações com os aposentados, a questão das privatizações também e tudo relacionado a parte social que a empresa não cumpre”, disse.
De acordo com Puríssimo, no Tebar trabalham aproximadamente 900 pessoas, sendo 200 na parte administrativa e outras 700 em terceirizadas e empreiteiras.