Secretário de Saúde de Caraguá, Aloysio Millen de Mattos Júnior
Acácio Gomes
O problema da falta de médicos em boa parte das Unidades Básicas de Saúde do município registrada principalmente na última segunda-feira (10/03) foi originado por conta da negociação salarial dos profissionais.
A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde de Caraguá, Aloysio Millen de Mattos Júnior, em entrevista a Rádio Morada FM.
“Foi uma transição complicada, principalmente na questão das Unidades Básicas de Saúde. O Programa de Saúde da Família já tinha um desfalque de cinco médicos e a nova empresa tem que promover a contratação”.
Segundo ele, a nova empresa (Instituto Corpore) se reuniu com os médicos e aceitou a proposta de aumento dos vencimentos dos profissionais.
“Com isso estamos com médicos em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, o que falta completar são as equipes de PSF, que a empresa garantiu que estará normalizado até 25 de março”, disse.
Desde a última semana, o Instituto Corpore administra o Programa de Saúde da Família (PSF) e a UPA, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do setor psiquiátrico do Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
Antes, os serviços eram feitos por duas empresas: o Grupo Bandeirantes – administrava a UPA – e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) – administrava o Programa de Saúde da Família.
A vigência do contrato entre prefeitura e Instituto Corpore será de um ano e, mensalmente, a empresa receberá o valor de R$ 2 milhões e 80 mil. Mas, de acordo com o secretário de Saúde, a empresa receberá por produção.
“Faremos a medição do contrato. Ou seja, na segunda-feira tivemos apenas três médicos nas Unidades de Saúde e a empresa receberá por isso. Para receber o valor total do contrato por mês terá que disponibilizar médicos em todas as Unidades e equipes de PSF completas, assim como garantir o atendimento na UPA. Compramos serviços e queremos isso”, revelou.
Ele garantiu que a assinatura do contrato seguiu uma tramitação legal. “Fizemos todos os trâmites e não houve problemas na assinatura do contrato. O Conselho de Saúde acompanhou e aprovou o processo. Foram 13 empresas participando e o Instituto Corpore foi a melhor”.
Sobre a reclamação generalizada da falta de medicamentos controlados na rede, o secretário confirmou que houve um problema de logística.
“Houve um problema na distribuição e em janeiro fizemos um pregão para abastecimento em todos os almoxarifados. Deveremos ter tudo normalizado até o final deste mês”, garantiu.
Stella Maris
Em relação a atual situação da Casa de Saúde Stella Maris, o secretário de Saúde de Caraguá confirmou que a intenção do município é desapropriar a área, que hoje ainda pertence ao Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada.
“Essa é a vontade do governo municipal. Estamos tocando o hospital desde a intervenção e estamos em negociações com a Secretaria Estadual de Saúde. Queremos ampliar o local em 20 leitos de UTI, transformar o hospital como referência regional em traumas, inclusive com neurocirurgia. Nosso foco agora será a Santa Casa”, disse.
Foto: Divulgação/PMC