Para Cláudio Negrão o debate continua e é permanente
Mara Cirino
O gerente geral de responsabilidade social da Transpetro, Cláudio Negrão, informou ontem que “as portas não estão fechadas” em relação aos diálogos aberto com os pescadores que alegam terem sido afetados pelo vazamento de óleo diesel marítimo (MF-380 Marine Fuel Oil),
ocorrido no dia 5 de abril do ano passado, no Canal de São Sebastião.
A manifestação é em função da declaração da advogada de vários pescadores ligados às Colônias de Pesca Z-14 (São Sebastião) e Z-6 (Ilhabela), Márcia Regina Guerrero Ghelardi. As entidades pleiteavam indenizações que chegavam a R$ 52,8 mil para mais de 540 profissionais.
Conforme a advogada, a empesa teria informado ao Ministério Público que não pretenderia ressarcir os pescadores, baseando em laudos que apresentou à Justiça onde comprovaria que não houve contaminação a vida marinha no trecho afetado.
Segundo a advogada, cada pescador que se sentiu prejudicado vai entrar com ação indenizatória com base do que deixou de receber nesse período e por danos morais.
“No nosso entendimento, o debate continua e é permanente”, diz Negrão, acrescentando “mesmo os laudos da Fundespa terem apontado que não houve contaminação do ecossistema marinho”.
Ainda de acordo com ele, os 3,5 mil litros de óleo atingiram as praias, essas limpas por pessoas contratadas pela Transpetro na ocasião do acidente.
Ele frisa, ainda, que em conversa com pescadores, a informação é que a pesca está muito boa este ano, em especial do camarão, “o que mostra que a fauna não sofre impacto”.
Negrão voltou a destacar as ações que a empresa tem tomado junto às colônias como os programas “Re-refinar para Preservar”, firmado com Colônia Z-14, e o projeto para a instalação de uma infraestrutura de conectividade e uma sala de educação e inclusão digitais, por meio de convênio com o Comitê pela Democratização da Informática (CDI), na comunidade da Ilha de Búzios, em Ilhabela.
Foto: Jorge Mesquita/IL
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