Esta é a segunda etapa da campanha que tem três fases de vacinação
Mara Cirino
As cidades do Litoral Norte devem vacinar neste mês em torno de 7,4 mil adolescentes com idade entre 11 e 13 anos contra o Papilomavírus Humanos (HPV) que provoca o câncer de colo de útero. A expectativa é que a meta preconizada pelo Ministério da Saúde seja cumprida como ocorreu na primeira fase da campanha realizada em março deste ano
Em Caraguá, cerca de 3 mil alunas das escolas municipais receberão a dose da vacina. Um calendário foi desenvolvido para que a imunização ocorra nas escolas municipais. Na próxima terça será na EMEF Profª Maria Thereza de Souza Castro, no Jetuba, no período da manhã. Outras datas e horários serão definidos pela direção das escolas juntamente com a Unidade Básica de Saúde, do respectivo bairro.
De acordo com a enfermeira Daniele Rodrigues Pinto Siqueira, da Secretaria de Saúde, responsável pela imunização, as meninas que não tomaram a primeira dose poderão receber a vacina, durante essa segunda fase. “É importante ressaltar que os pais que não querem que suas filhas sejam vacinadas assinem o termo de recusa na escola”.
No arquipélago de Ilhabela a meta é que 680 meninas sejam imunizadas, como na primeira fase da campanha. As que não receberam a dose da vacina também devem participar dessa campanha.
Será feita uma ação conjunta com a Secretaria da Educação para facilitar o acesso à vacinação. Cada escola terá um dia específico de vacinação e os pais serão comunicados previamente sobre esse cronograma.
Na cidade de Ubatuba, a previsão a Secretaria de Saúde é atender 1.806 meninas, para isso, as equipes da Estratégia de Saúde da Família realizarão a vacinação dentro das unidades escolares. Todas as escolas do município com alunas na faixa etária preconizada serão contempladas. Além da vacinação nas escolas, a dose contra o HPV também está disponível nas unidades de saúde.
Em São Sebastião a meta é que cerca de 2 mil meninas sejam vacinadas. Durante o período de campanha técnicos da Vigilância Epidemiológica do Município irão percorrer todas as escolas municipais, estaduais e particulares com o objetivo de imunizar as meninas que tiverem a prévia autorização dos pais.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) também terão as doses à disposição das adolescentes que deverão ir até o local, acompanhados de um responsável que autorize a vacinação.
Na primeira fase, em abril, São Sebastião ultrapassou a meta exigida pelo Ministério da Saúde, que era de 80%, com 102% do público alvo vacinado. Além da segunda dose, a Secretaria de Saúde vai disponibilizar também a primeira dose para as meninas que entraram na faixa etária exigida.
ReforçoA vacinação é importante para a prevenção do câncer de colo de útero. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois e a terceira, cinco anos após a primeira dose.Neste ano, será vacinado o primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.
Sobre o HPVÉ um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.Existem mais de 200 tipos de HPV que podem gerar desde verrugas genitais até lesões malignas. Os vírus dos tipos 16 e 18 estão relacionados a 70% do câncer uterino. A vacina distribuída pelo SUS protege contra quatro tipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. Os tipos 6 e 11 não estão relacionados com câncer, sendo causadores de verrugas genitais. Já os tipos 16 e 18 são potencialmente oncogênicos.Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos.O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.
Fonte Imprensa Livre
Foto: PMC
