Legenda: Fotos retratam como ficou a cidade naquele março de 1967
Parceria entre Fundação e a Estação Casa Amarela traz fotografias que remontam os 50 anos da tragédia marcou a vida dos caiçaras
Registros importantes e comoventes da história do Litoral Paulista chegam à Caçapava. A exposição de fotografias “Lembranças do Cinquentenário da Catástrofe de 18 de março de 1967” está entre os trabalhos que ocupam as salas da Galeria Flamboyant, da Estação Casa Amarela. A abertura oficial será nesta sexta-feira (21), às 20h.
As fotos que compõem a exposição pertencem ao Arquivo Municipal Arino Sant´Ana de Barros e foram selecionadas pela FUNDACC, como uma homenagem à cidade de Caraguatatuba. São imagens que ficaram marcadas na memória de quem vivenciou 1967 e que hoje, são registros de exposição e material para discussão sobre prevenção de desastres.
Em agosto, será dado seguimento às atividades voltadas para os 50 anos da tragédia, com a exibição de um documentário, roda de conversa e lançamento de um livro voltado para o assunto.
Parte do acervo já ocupou neste ano o prédio da Justiça Federal da cidade e o MACC – Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba. São um total de 45 peças, que foram curadas pela presidente da FUNDACC Silmara Mattiazzo.
Ela destaca a importância de relembrar a bravura do povo caiçara. “Cinquenta anos em memória à catástrofe que mostrou ao mundo o povo forte, destemido e empreendedor que de um momento de perda e dor reergueu-se e transformou Caraguatatuba. Essa mostra é para homenagear todos os heróis que possibilitaram a reconstrução de nossa cidade e junto receberam a Comenda Thomaz Camanis Filho pelo ato de bravura”.
Memória Caiçara
Montada em março de 2017, a exposição “resgata a memória dos sobreviventes e daqueles que ajudaram os moradores a superar esse desastre”, relata Gláucia Fernandes, coordenadora de Artes Plásticas e Artesanato da FUNDACC. “Podemos lembrar desse episódio também com um ponto de renascimento por Caraguatatuba”, completa.
Gláucia ainda ressalta a importância de estabelecer um diálogo entre a história e a arte do Litoral Norte com a Região do Vale do Paraíba. Caçapavense de nascimento, ela revela uma motivação especial para esta exposição: “Estou tendo o prazer de levar a história da cidade que me acolheu para a cidade que eu nasci, que é Caçapava”.
Estação Casa Amarela e a FUNDACC
Essa não é a primeira exposição que vem de Caraguatatuba para ocupar a Galeria Flamboyant. Os trabalhos de ceramistas caiçaras, que compõem o Grupo Ubuntu, estiveram expostos na Estação durante três meses.
Desde então, essa parceria se consolidou e a proprietária Elda Varanda Dunley abriu novamente as salas da Flamboyant para a arte caiçara. “É muito gratificante levar a história do Litoral Norte para o Vale do Paraíba e nós também estamos de portas abertas para os projetos da Estação Casa Amarela”, afirma Glaucia Fernandes.
Estação Casa Amarela
Localizada na Vila São João, em Caçapava, a Estação Casa Amarela se consolida como um espaço de aprendizado plural, trazendo para região propostas artísticas de diversas partes do Brasil para se tornar um espaço de referência no Vale, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte. É um espaço dinâmico que se propõe ser um ponto de convergência de arte e cultura da região, além das discussões em saúde, educação, meio ambiente, arquitetura e novas tecnologias.