Médicos e enfermeiros de Caraguatatuba recebem capacitação sobre o manejo clínico da Febre Amarela

#PraCegoVer: Veterinário do CCZ, Guilherme Garrido, fala ao público de médicos e enfermeiros no auditório da Secretaria de Saúde. (Foto: Talita Fernanda/PMC)

A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu, nesta quarta-feira (22/08), capacitação aos médicos e enfermeiros da pasta. O evento também contou com a presença de profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Casa de Saúde Stella Maris, Hospital São Camilo e Unimed com foco no manejo clínico da Febre Amarela.

Nesta quinta-feira (23), quem também passou pela mesma capacitação foram os médicos e enfermeiros do Programa Saúde da Família e gerentes técnicas das UBSs. Na segunda-feira (27), outra parte desta mesma equipe também será treinada.

O encontro acontece no auditório da Secretaria de Saúde e é ministrado por servidores públicos da Vigilância Epidemiológica de Caraguatatuba (VE), do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da Unidade de Moléstias Infectocontagiosa (UAMI).

O secretário de Saúde, Amauri Toledo, abriu o treinamento, na noite desta quarta-feira, e falou aos presentes sobre as ações já feitas pela Prefeitura de Caraguatatuba para conter a doença e da importância do profissional estar capacitado para dar as instruções corretas ao paciente. “Nós não temos nenhum caso humano de Febre Amarela, mas, pelo histórico, em 30 a 40 dias após mortes de macacos, a mesma começa a se manifestar em humanos não vacinados”, alertou.

O biólogo do CCZ, Ricardo Fernandes, afirmou que a Secretaria de Saúde está bastante preocupada com a cobertura vacinal de Caraguatatuba, que, até esta quinta-feira (23), registrava 89.73% de vacinados, o que gera o total de 88.408 pessoas. “A nossa preocupação é que, mesmo em cidades com 90% de cobertura, ocorreram alto índices de morte”, afirmou.

O veterinário do CCZ, Guilherme Garrido, alerta a população para que colabore com os trabalhos do município, tome a vacina e comunique qualquer morte suspeita de macaco. “Sempre que houver a identificação de primatas com mudanças de comportamento (mais lentos) ou mortos, por favor, peço a todos que entrem, imediatamente, em contato com o CCZ (3887-6085) ou, aos finais de semana com o Corpo de Bombeiros (193) e Defesa Civil (199), que seremos notificados de imediato”, recomenda.

 

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa grave de acordo com o Ministério da Saúde. Ela é causada por um vírus transmitido apenas por vetores, neste caso, o mosquito Haemagogus no ciclo silvestre da doença. Já no ciclo urbano, que não ocorre no Brasil desde 1942, o transmissor do vírus é o mosquito Aedes aegypti.

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Helliene Santos e a equipe do CCZ, o macaco não é transmissor da doença. “Eles servem como parâmetro para identificar regiões em que ocorreu a circulação do vírus”, afirmam.

A população conta com apenas um método de prevenção à febre amarela: a vacinação. Ela é uma versão enfraquecida do vírus vivo, que ao entrar em contato com esse material, que é considerado praticamente inofensivo, faz com que o corpo humano passe a criar proteções contra o vírus, fortalecendo a saúde da pessoa imunizada dentro de dez dias após a aplicação da vacina.

A médica infectologista da UAMI, Caroline Acquário, falou aos profissionais presentes sobre os principais sintomas da doença, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a chance de uma pessoa desenvolver a doença com a aplicação da vacina, é de aproximadamente três para cada um milhão de pessoas vacinadas.

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