A Prefeitura de Caraguatatuba contratou uma empresa especializada para a conclusão das obras do deck do Massaguaçu, na região Norte da cidade.
O projeto está sendo concluído e as obras devem começar ainda em novembro. Segundo os técnicos, as intervenções precisam ser feitas na alta temporada justamente por conta da maré (quando as ressacas ocorrem de maneira menos frequente) e com isso os trabalhos se tornam mais eficazes.
A Prefeitura terá de investir em torno de R$ 700 mil (projeto executivo e obras de contenção) e a intervenção será feita após as autorizações dos órgãos ambientais, exigências feitas do Ministério Público Federal (MPF).
“Já contratamos a empresa que vai nos apresentar o cronograma de intervenções no local para mitigar a ação do mar e proteger a população que utiliza o deck”, explicou o secretário de Obras Públicas, Leandro Borella.
No primeiro semestre deste ano, o MPF enviou à prefeitura de Caraguatatuba uma manifestação referente a situação do deck e liberando intervenções por parte da administração. O espaço continua interditado.
Histórico
As obras, referentes ao projeto de reurbanização da orla da praia de Massaguaçu, tiveram início em março de 2015, antes mesmo da emissão da licença ambiental, que só foi gerada no mês seguinte.
Na mesma época, houve uma denúncia feita à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) – órgão que realiza a licença para obras que geram impacto ambiental. Na oportunidade, a Cetesb encaminhou uma série de recomendações à Secretaria de Meio Ambiente com relação ao licenciamento ambiental, dentre eles, a realização de estudos geotécnicos relativos ao trecho da praia que desde então já sofria um intenso e constante processo de erosão.
A construção do deck ocorreu no primeiro semestre de 2016, no entanto, em 13 de junho do mesmo ano, todo o trecho do deck foi destruído por uma pequena ressaca.
A administração municipal da época contratou em caráter emergencial uma empresa, que instalou uma estrutura composta por bolsas de concreto, com o intuito de estabilizar a fundação do deck. No entanto, em 30 de julho de 2016, uma nova ressaca comprometeu essa estrutura, causando rachaduras e espalhando restos de concreto pela faixa de areia, causando riscos aos banhistas.