Uma das maiores historiadoras do nosso tempo, a autora de Calibã e a bruxa lança seu novo livro no Memorial da América Latina com entrada gratuita e diálogo com mulheres dos movimentos ambientalista, negro e indígena
A Editora Elefante levará a historiadora Silvia Federici ao Auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina em 24 de setembro para a grande conferência de lançamento de seu livro O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. Na ocasião, a autora de Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva dialogará com três destacadas pensadoras e militantes brasileiras: Sabrina Fernandes, Mariléa de Almeida e Jera Guarani. A entrada é gratuita e sujeita à lotação da plateia, que comporta mil pessoas. Haverá tradução simultânea.
Nascida em Parma, na Itália, em 1952, Silvia Federici é uma das maiores historiadoras do nosso tempo. É professora emérita da Universidade Hofstra, em Nova York, nos Estados Unidos, onde vive desde 1967, e onde ajudou a fundar o International Feminist Collective, participou da Wages for Housework Campaign e contribuiu com o Midnight Notes Collective. Durante os anos 1980, foi professora na Universidade de Port Harcourt, na Nigéria, onde acompanhou a organização feminista Women in Nigeria e contribuiu para a criação do Committee for Academic Freedom in Africa.
O livro mais conhecido de Silvia Federici, Calibã e a bruxa, publicado pela Editora Elefante em julho de 2017, chegou ao Brasil graças ao trabalho das mulheres do Coletivo Sycorax, que tiveram a iniciativa de verter a obra ao português. O grupo também é responsável pela tradução de O ponto zero da revolução, lançado em 2019, e traduzirá ainda mais um livro da autora, Re-enchanting the World: Feminism and the Politics of the Commons [Reencantar o mundo: feminismo e a política dos comuns], com lançamento previsto para 2020, também pela Editora Elefante.
Desde que foi lançado, Calibã e a bruxa vem conquistando dezenas de milhares de leitores e leitoras no país. A exaustiva pesquisa de Silvia Federici sobre a campanha de terrorismo contra as mulheres disfarçada de “caça às bruxas” durante a transição do feudalismo para o capitalismo na Europa, com repercussões nas Américas, oferece uma inovadora compreensão sobre o papel essencial das mulheres — e de seu trabalho doméstico gratuito — para o desenvolvimento do sistema vigente. A obra já vendeu mais de vinte mil exemplares, e o PDF pode ser baixado livremente na internet.
No Memorial da América Latina, Silvia Federici debaterá suas ideias sobre a história e a atualidade das mulheres com Sabrina Fernandes, autora do canal Tese Onze, no YouTube, e do livro Sintomas mórbidos: a encruzilhada da esquerda brasileira (Autonomia Literária, 2019); Mariléa de Almeida, doutora em história pela Universidade de Campinas e assessora da mandata da deputada estadual Erica Malunguinho; e Jera Guarani, liderança indígena guarani mbya de São Paulo, povo que recentemente realizou uma série de retomadas de terras nas zonas norte e sul da cidade. O diálogo começa às 19h, com entrada gratuita por ordem de chegada.
SILVIA FEDERICI EM SÃO PAULO
Diálogo com Sabrina Fernandes, Mariléa de Almeida e Jera Guarani
Facebook: https://www.facebook.com/events/386386228745409/
Terça-feira, 24 de setembro, às 19h
Auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina
Av. Áureo Soares de Moura Andrade, 664, São Paulo-SP
<-> Metrô Barra Funda
Abertura do auditório e início da distribuição de senhas: 17h
Abertura da plateia: 18h
Comercialização de livros
Tradução simultânea
Sessão de autógrafos
Comidas vegetarianas da Govinda
Entrada gratuita