Se você é praticante de Karatê de qualquer estilo ou de qualquer arte marcial, está convidado a participar do “Desafio dos 100 Katas”, domingo (27), na quadra do Ciase Sumaré, a partir das 10.
O evento, coordenado pelo professor José Castro, responsável pela Escola de Karate-Do e Defesa Pessoal de Caraguatatuba, será realizado em comemoração ao Dia Mundial do Karatê (25 de outubro). “É um momento de praticar e celebrar essa arte e filosofia”, disse o Sensei Castro, praticante da arte há 34 anos.
Kata significa forma, mas adquire conotações diversas, dependendo da arte em questão. É um conjunto de movimentos de ataque e defesa e está presente nas mais diversas artes marciais japonesas. Podem ser realizados em conjunto ou individualmente.
Em qualquer arte marcial, os Katas representam uma sequência de movimentos, ataque e defesa numa luta imaginária. Cada ataque deve ser executado como se o oponente estivesse em sua frente, para atingi-lo, e cada defesa deve ser executada como se o adversário estivesse mesmo a atacá-lo, em uma situação real de perigo. Cada movimento tem sua interpretação, devendo ser respeitado seu tempo e aplicação.
O objetivo do Kata é ajudar no desenvolvimento das aptidões psicológicas e físicas necessárias para o verdadeiro combate. Além do mais, o Kata faz com que uma pessoa tenha domínio da luta, ou seja, ela controla o espaço entre si e seu adversário.
Os Katas, quando foram desenvolvidos, tiveram como modelo principal os movimentos que certos mestres precisaram usar em situações reais de perigos contra dois ou mais adversários.
História
No dia 25 de outubro de 1936 foi realizado um encontro histórico com os mestres da ilha japonesa de Okinawa. Ali decidiram, oficialmente, mudar o nome da luta de Toudi para Karatê. O Do foi acrescentado para marcar que o Karatê, além de arte marcial, é uma jornada filosófica de iluminação e não só apenas um método de defesa pessoal.
A partir daí, as raízes chinesas defensivas do Toudi são substituídas pelos valores japoneses da autoproteção e autoperfeição. Aí nasce o Karatê moderno ou o Karate-Do “caminho das mãos vazias”.
Cláudia Moysés
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