O equipamento que vai identificar a formação de raios em Caraguatatuba até 15 minutos antes de ele cair deve entrar em operação já na próxima semana.
A informação é do professor e coordenador da pesquisa, Dr. Flávio de Carvalho Magina, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre e Grupo de Eletricidade Atmosférica, ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de Cachoeira Paulista.
Ele esteve na cidade nesta semana e reforçou que os últimos testes estão sendo realizados para que ele possa entrar em operação antes mesmo da chegada do verão.
A partir daí, qualquer possibilidade de formação de raios captada pelo equipamento será enviada para o Centro de Pesquisa e comando da Defesa Civil do Estado que enviará mensagens, via SMS, à população cadastrada conforme o Código de Endereçamento Postal (CEP) com base em três níveis de atividade elétrica atmosférica classificados como Moderada, Alta e Muito Alta.
Entre o envio da mensagem do sensor ao disparado pela Defesa Civil, o coordenador da pesquisa calcula um tempo estimado de três minutos. “Tempo suficiente para que as pessoas encontrem abrigos e se protejam contra uma descarga”, explica.
Em Caraguatatuba, o equipamento está instalado na base da Polícia Ambiental, no bairro Martim de Sá, a cerca de 700 metros da praia. Mas o seu raio de atuação é em torno de 20 quilômetros de diâmetro.
Com a implantação em Ubatuba e São Sebastião, Caraguatatuba tem quase que a totalidade de sua cobertura. Esse experimento é inédito no Litoral Paulista e a importância desse instrumento em área litorânea é porque a densidade de raios no litoral, apesar de ser menor (5 descargas por km2 ao ano) do que no interior (10 ou mais descargas por km2 ao ano) é mais letal porque as pessoas estão mais expostas na praia.
O vice-prefeito e coordenador municipal da Defesa Civil, capitão Campos Junior, destaca a importância do experimento. “Há vários anos que a Defesa Civil tem essa preocupação com a colocação de faixas, de avisos para as pessoas procurarem abrigos em caso de tempestades atmosféricas e dessa vez podemos contar com esse equipamento de extrema credibilidade, que já é utilizado no Vale do Paraíba e agora é trazido para o Litoral Norte, agregando valores para aumentar a proteção das pessoas”.
Mara Cirino
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