Você costuma jogar fora, talos, cascas e folhas? Que tal fazer o aproveitamento Integral dos alimentos para se beneficiar de tudo o que eles podem oferecer?
É com esse objetivo de combater o desperdício e a fome que a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania de Caraguatatuba, por meio do Banco de Alimentos realizaram nesta quinta-feira (13/02), mais um curso de Aproveitamento Integral de Alimentos.
Com uma gama repleta de informações o curso abordou questões a repeito dos alimentos que são desperdiçados no mundo e no Brasil, formas de minimizar os descartes, histórias de microempreendedores individuais que utilizaram integralmente alimentos que antes eram desperdiçados e transformaram em pratos gostosos e sofisticados, além de uma degustação de patê de cenoura e suco de cenoura com limão.
Segundo a nutricionista, Cíntia Franciele de Araújo, no mundo cerca de um terço dos alimentos produzidos é desperdiçado, mais de 1 bilhão 300 milhões de toneladas anuais gerando consequências como: aumento de 8% a 10% nas emissões de gases de efeito estufa, descarte de alimentos perfeitamente comestíveis que são rejeitados pelos padrões estéticos e de qualidade pelos distribuidores, compras grandes e porções exageradas, fome e desnutrição, além dos desperdícios de recursos naturais.
Microempreendedora Individual e participante do curso, Eduarda Soares, 22, trabalha como autônoma com a venda de bolos, pães, tortas e biscoitos. A jovem empreendedora viu no curso uma oportunidade de adquirir conhecimento e colocar em prática o que aprendeu para contribuir com a diminuição do desperdício e poder economicamente aumentar sua renda. “Nesta aula eu pude aprender realmente que aproveitar os alimentos integralmente é simples, fácil e o melhor, é saudável. Todas as pessoas podem levar para os seus lares essas técnicas e dicas colocando em prática nas suas refeições do dia a dia ou até mesmo em seus produtos que serão vendidos” destaca.
Nos lares brasileiros o desperdício chega a R$1 mil por família ao ano, valor comparado ao salário mínimo nacional sem considerar perdas em restaurantes, hotéis, empresas e escolas. Este valor reapresenta apenas o gasto com a compra dos alimentos mais desperdiçados como: arroz e feijão (38%), carne (20%) e frango (15%) sem levar em conta o custo com o preparo, que inclui gás de cozinha, água, óleo e entre outros recursos.
Cíntia ainda ressalta que, assim como as ações do Banco Municipal de Alimentos de Caraguatatuba contribuem para o combate a fome, ao desperdício por meio de doações de alimentos que estão fora dos padrões de comercialização e próprios para o consumo. “É preciso que a população reveja seus hábitos e maneiras de consumir os alimentos e procure por informações para combater o alto número de descarte mundial. Se cada um de nós fizer nossa parte conseguiremos diminuir não somente a fome no mundo, mas preservar o meio ambiente” destacou.
Rayssa Soares
Jornalista Responsável: Acácio Gomes
Informações para a Imprensa (12) 3897-5650 ou jornalismo@caraguatatuba.sp.gov.br