Levantamento do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de Caraguatatuba sobre a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) aponta que ela está alta. A verificação foi realizada em no mês de novembro e o resultado foi de 2,4%, o que indica um estado de alerta para infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
De acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, quando o índice obtido é menor que 1,0% o resultado é satisfatório; de 1,1% a 3,9% é preciso ficar em estado de alerta; e acima de 4,0% é considerado alto risco.
Diante desse quadro, a Prefeitura inicia nesta quarta-feira (2) as atividades de combate ao criadouro do mosquito. Até o momento, o município tem 700 casos confirmados de dengue e está há três meses sem registros da doença.
As atividades fazem parte da campanha “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo”, lançada nesta semana pelo Ministério da Saúde.
O primeiro bairro a receber a visita dos agentes do CCZ e dos agentes comunitários de saúde (ACSs) é o Jetuba, na região norte. Os agentes serão responsáveis pelas atividades da ação que incluem vistorias e a eliminação de criadouros em imóveis residenciais e comerciais da cidade.
O bairro foi escolhido por estar localizado na chamada ‘área 1’, que teve o maior índice de infestação chegando a 3,66%. Essa área é composta pelos bairros da região norte.
Surpreso com o resultado, o biólogo e coordenador do controle de dengue do CCZ, Ricardo Fernandes, disse que “historicamente, isso não acontece e que, geralmente, a área mais infestada é a região sul”.
Ricardo explica que é primordial a atenção das pessoas nesse momento. “Agora, começam as elevações das temperaturas e o aumento do período de chuvas. Isso facilita a expansão dos criadouros”.
Por isso, é importante começar as atividades de combate antes dos meses de pico da doença, que são março e abril, e eliminar o criadouro. O biólogo ressaltou que neste ano, o pico foi em março e que “a cidade fechou o mês com 274 casos positivos de dengue.
Covid-19 e casas de vereneio
A grande dificuldade das equipes de controle da dengue continua sendo as casas de veraneio, porque muitas delas estão vazias. Outra dificuldade está relacionada à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Ricardo explicou que a orientação do Ministério da Saúde é evitar entrar nas casas onde moram idosos e pessoas com comorbidades, que fazem parte do grupo de risco da Covid-19. “Isso cria uma pendência e a gente não sabe se nessa casa vai ter a larva ou não”.
É importante frisar que os agentes fazem todo o processo de avaliação seguindo protocolos sanitários, como manter o distanciamento e o uso de máscaras de proteção.
Agenda de visitas:
2 a 5/12 – Jetuba
7 a 11/12 – Massaguaçu
14 a 18/12 – Tabatinga
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 17h