O Banco de Leite Humano (BLH) – Centro de Atendimento Materno Infantil (Ceami) de Caraguatatuba retomou, na última sexta-feira (26), o grupo educativo para pais. Os encontros foram suspensos no ano passado em função da pandemia da Covid-19.
Durante os encontros, que duram cerca de uma hora, os pais aprendem técnicas de ‘shantala’ para serem usadas em seus bebês. Os pequenos também têm a oportunidade de relaxar em uma banheira no estilo ‘ofurô’.
Para quem desconhece a ‘shantala’, trata-se de uma massagem indiana que possui diversos benefícios para o recém-nascido como, por exemplo, fortalecimento do sistema imunitário e ativação da circulação sanguínea.
A técnica também ajuda a acalmar as cólicas e prisão de ventre, auxilia na circulação sanguínea, tonifica os músculos e articulações, melhora o sistema digestivo do bebê e estimula os sistemas gastrointestinal e cardiovascular.
O ‘ofurô’, além de favorecer um momento de intimidade entre os pais e o bebê, contribui para uma adaptação mais rápida do bebê ao novo mundo; alivia cólicas; proporciona um sono mais tranquilo e transmite limites ao corpo, auxiliando em sua organização sensorial.
Existem, ainda, outros benefícios da ‘shantala’ e do ‘ofurô’. Segundo a enfermeira obstétrica e pediátrica Ana Cláudia Tripac, ambos têm a função de “aproximar a criança da unidade BLH/Ceami porque neste momento a equipe consegue fazer análises para saber qual é o estado de saúde da criança”.
Ana Cláudia explicou que a água aquecida do ‘ofurô’ imita o útero da mãe e faz com que o bebê se sinta confortável e relaxado. E foi isso houve com o pequeno Deryck Silva, de dois meses. A mãe Tainá Alessandra da Silva, de 26 anos, ficou surpresa com reação do filho. “Na hora do banho ele chora, não gosta de água”, contou.
Essa foi a primeira vez que mãe e filho participam do grupo educativo do BLH/Ceami. Tainá relatou que o filho adorou as técnicas de ‘shantala’ e que ele respondeu muito bem a tudo.
Sobre o ‘ofurô’, Tainá acreditava que seu filho choraria bastante. “Na hora de sair banho ele fica muito agitado; ele não gosta de colocar roupa”, disse.
Para a mãe, a oportunidade “foi gratificante porque permitiu que seu olhar ficasse mais atento”. Um olhar que, segundo ela, às vezes se perde em meio à correria diária.
O olhar citado pela mãe está ligado ao vínculo afetivo. Ana Cláudia reforçou que as técnicas também auxiliam no desenvolvimento emocional, principalmente no reforço desse vínculo e também da segurança através do toque da pele.
O grupo educativo para pais é aberto e qualquer criança a partir do primeiro mês de vida pode participar dos momentos da ‘shantala’ e do ‘ofurô’. Ele é realizado toda sexta-feira, às 16h, na unidade.
Os interessados devem entrar em contato com o BLH/Ceami por telefone, ou presencialmente, para obter mais informações.
Serviço – O BLH/Ceami está localizado no prédio do Centro de Referência da Saúde da Mulher (Pró-Mulher) na Avenida Dr. Arthur da Costa Filho, 2.135, no Sumaré. Telefone de contato: (12) 3897-3510.