A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Turismo, informa que as inscrições para as casas religiosas que queiram participar da 38ª Festa de Iemanjá estarão abertas a partir da próxima segunda-feira (12), às 13h, e se encerrarão às 16h do dia 23 de setembro.
O evento ocorrerá a partir das 19h do dia 10 de dezembro, na Praia do Centro. Para se cadastrar, a instituição interessada deve preencher o formulário eletrônico disponibilizado no link https://tinyurl.com/28uxeche. No mesmo endereço, é possível consultar o regulamento completo com as condições do cadastramento.
A Prefeitura vai disponibilizar 40 espaços para que os integrantes das casas religiosas façam suas homenagens à Iemanjá. A disposição de cada tenda se dará conforme a ordem de inscrição, sendo os números pares do lado esquerdo e os ímpares do lado direito da imagem.
No dia da festividade, o período de montagem das tendas será das 8h às 15h. A Prefeitura destaca que é proibido depositar oferendas ao redor da imagem e não será permitida a permanência de veículos próximos aos espaços na praia, ficando cientes que esses estarão sujeitos às penalidades impostas pela Secretaria de Mobilidade Urbana e Proteção ao Cidadão.
A relação de participantes será publicada às 16h do dia 14 de outubro no site www.caraguatatuba.sp.gov.br. Mais informações podem ser obtidas na Secretaria de Turismo, pelo telefone (12) 3897-7910.
Autorização de veículos
As entidades que vierem de ônibus devem solicitar a autorização de entrada de veículos de passeio no município, por meio do site 156.caraguatatuba.sp.gov.br ou telefone (12) 3897-8800. O pedido deve ser feito com antecedência de, no mínimo, 10 dias úteis. Não há custo para essa autorização.
História da Festa de Iemanjá
A tradição da festa em homenagem à Iemanjá teve início no ano de 1923 quando um grupo de 25 pescadores resolveu oferecer presentes para a mãe das águas. Nesta época, os peixes estavam escassos no mar. Todos os anos os pescadores pedem a Iemanjá que lhes dê fartura de peixes e um mar tranquilo.
No início, a celebração era feita em conjunto com a Igreja Católica, numa demonstração do sincretismo religioso. Na década de 1960, um padre teria ofendido os pescadores, chamando-os de ignorantes por cultuarem uma sereia. O fato provocou um rompimento com a igreja e a partir daí os pescadores passaram a realizar a festa apenas em homenagem a Iemanjá.
Existe uma superstição sobre os presentes dados a Iemanjá que não afundam, indo parar na areia da praia. Segundo ela, Iemanjá não gostou do presente e o teria devolvido, causando grande frustração aos devotos. Em geral, presentes feitos com materiais leves ou ocos costumam não afundar. Nem mesmo o presente principal, feito pelos pescadores, está livre deste infortúnio. Algumas vezes foi preciso amarrá-lo a algo pesado para que pudesse afundar.
Segundo a lenda, o cavalo marinho é o guardião da casa de Iemanjá, sendo ele o seu mensageiro mais rápido. É comum que imagens deste animal sejam oferecidas pelos devotos.
Todos os anos um presente principal é preparado para ser oferecido à Iemanjá e com ele vão as oferendas preparadas pela ialorixá responsável pelo comando da festa. Estas oferendas, cujos preparativos são cercados de rituais e fundamentos sagrados e secretos, demoram sete dias para ficar prontas.