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Filipe Toledo campeão do Hurley Pro Sunset Beach (Foto: Tony Heff/World Surf League)
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SUNSET BEACH, Oahu, Havaí / EUA (Segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023) — O campeão mundial Filipe Toledo conquistou o título do Hurley Pro Sunset Beach, festejando sua primeira vitória no Havaí, em uma decisão eletrizante com o californiano Griffin Colapinto. Para chegar na final, Filipe ganhou dois duelos brasileiros nas boas ondas de 4-6 pés, do domingo, em Sunset Beach, com Caio Ibelli nas quartas de final e João Chianca na semifinal. Filipe assumiu a vice-liderança no ranking do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2023, com João se mantendo em terceiro lugar e Caio fechando o grupo dos top-5, após as duas etapas do Havaí. A próxima é o MEO Rip Curl Pro Portugal, nos dias 8 a 18 de março, em Peniche.
“Estou muito feliz, porque estou aqui com minha família, minha esposa, filhos, isso é muito importante para mim. Eu amo competir e poder fazer isso junto com a família, é incrível”, disse Filipe Toledo, emocionado após abraçar a família. “Ganhar esse troféu de campeão aqui nesse lugar de muita história, estar no pódio no Havaí, é incrível. Ainda poder mostrar pros meus filhos que é possível isso, é mais incrível ainda. Mas, manter a humildade é o mais importante, respeitar todo mundo, isso é o que importa e eu estou muito, muito feliz”.
Para ser campeão do Hurley Pro Sunset Beach, Filipe teve que derrotar três adversários muito difíceis no domingo, começando pelos dois brasileiros semifinalistas na primeira etapa do CT 2023 em Pipeline. O primeiro teste foi nas quartas de final contra Caio Ibelli, que já abriu a bateria surfando um belo tubo que valeu 7,17. O campeão mundial também achou boas ondas para mostrar sua variedade incrível de manobras modernas e progressivas. Filipe acabou fazendo um novo recorde de 17,07 pontos para o campeonato, somando notas 8,67 e 8,40.
O segundo duelo foi com outro brasileiro que vinha brilhando nas direitas de Sunset Beach, João Chianca. Com um surfe agressivo de frontside, Chumbinho tinha conseguido a maior nota do domingo, 8,83, contra o sul-africano Matthew McGillivray nas quartas de final. Ele repetiu o ataque contra Filipe, largando na frente com notas 6,50 e 8,17. Mas, Filipe achou uma onda muito boa, para fazer uma série de manobras, que arrancaram nota 9,10 dos juízes. Ele ainda conseguiu um 7,23 para vencer por pouco, 16,33 a 15,54 pontos, pois Chumbinho tinha surfado bem outra onda que valeu 7,37.
DECISÃO DO TÍTULO – Filipe também teve que correr atrás na decisão do título, que foi eletrizante. A bateria de 35 minutos de duração, começou com uma série bombando altas ondas para os dois surfarem. O brasileiro emendou três manobras muito potentes e mais uma no inside para finalizar. A do Griffin Colapinto foi mais curta, porém era maior e ele mandou um rasgadão no crítico e um batidão embaixo do lip, mostrando muito comprometimento. A nota do brasileiro saiu 7,83 e a do californiano foi 9,17, a maior do campeonato até ali.
Após esse início fulminante, veio uma longa calmaria e a próxima série só entrou quando restavam 9 minutos, mas aí não parou mais de bombar ondas até o fim da bateria. Filipe acha uma boa há 3 minutos do fim, faz duas rasgadas bem alongadas e um batidão na junção. Ele recebe 8,27 e abre 6,93 pontos de vantagem. Griffin pega uma onda que rende três manobras e consegue exatamente essa nota para empatar o placar. Mas Filipe vem destruindo a onda de trás, repetindo o combo de duas rasgadas e um pancadão na junção. Os juízes avaliaram ter sido a melhor apresentação do campeonato e dão nota 9,47, para confirmar a primeira vitória brasileira da temporada, por 17,74 a 16,10 pontos.
Essa era a terceira vez que Filipe Toledo e Griffin Colapinto decidiam títulos em etapas do CT. As outras foram no ano passado e o norte-americano ganhou as duas, derrotando o brasileiro nas ondas de Supertubos em Portugal e em El Salvador. Foram as três únicas finais que Griffin chegou no CT, enquanto Filipe disputou a 19.a da sua carreira e conquistou a 13.a vitória. Isso sem contar as duas decisões dos títulos mundiais no Rip Curl WSL Finals em Trestles, onde ele foi vice-campeão em 2021 e campeão mundial em 2022.
“No ano passado, consegui meu objetivo, que era o título mundial e sinto que aprendi muito”, analisa Filipe Toledo. “Me sinto bem mais preparado para enfrentar situações como essas que vivi hoje (domingo) aqui. Eu treinei bastante e acho que estou pronto para qualquer coisa. É chato competir contra amigos, como o Chumbinho (João Chianca), o Caio (Ibelli) e até o Griffin (Colapinto). Ele começou a final com um 9 e mesmo assim parecia nervoso. Eu me senti calmo, sabia que a onda certa ia vir e eu ia fazer o necessário para conseguir a nota que precisava. Estou amarradão que deu tudo certo e por conseguir ganhar uma final do Griffin”.
PRÓXIMA ETAPA — Depois do Havaí, o próximo desafio é no MEO Rip Curl Pro Portugal, onde os dois disputaram a primeira final entre eles em etapas do CT. Com a vitória no Hurley Pro Sunset Beach, Filipe Toledo assumiu a vice-liderança no ranking, que continua com Jack Robinson na frente. O australiano foi barrado por Griffin Colapinto nas semifinais, mas seguirá usando a lycra amarela de número 1 do WSL Championship Tour na etapa da Europa.
Na categoria feminina, duas surfistas vão competir com a lycra amarela em Portugal, a pentacampeã mundial Carissa Moore e Molly Picklum. A australiana festejou a primeira vitória da sua carreira no Hurley Pro Sunset Beach e passou a dividir a liderança do ranking com a havaiana. Ambas começaram a temporada com os mesmos resultados no Havaí, uma vitória e um quinto lugar. A final feminina do domingo foi entre duas jovens surfistas, nascidas no mesmo ano de 2002, uma década depois de Carissa Moore.
DECISÃO FEMININA – A norte-americana Caroline Marks começou bem, atacando forte de backside para largar na frente com nota 7,50. No entanto, a bateria foi fraca de ondas, ela não conseguiu achar mais nenhuma boa para surfar e acabou computando uma nota 2,40. Já a australiana Molly Picklum, teve mais sorte em pegar ondas que abriram mais parede para manobrar e somou notas 5,50 e 5,40. Com elas, festejou a primeira vitória da sua carreira no CT, por 10,90 a 9,90 pontos. Além disso, vai usar a lycra amarela pela primeira vez também.
“É apenas uma cor de camisa, mas estou feliz por estar no topo, porque é onde quero estar, onde acredito que posso estar”, disse Molly Picklum. “Estou muito feliz por vencer este evento, que é tão desafiador. Acho que é nunca perder a confiança e realmente acreditar em si mesma o tempo todo. O nível do surfe feminino é insano. Você pode estar no Challenger Series um ano e já vencer um evento do CT no outro. Então, estou muito orgulhosa de mim mesma e, momentos como esse, fazem tudo valer a pena”.
WSL FINALS – A surfista de apenas 20 anos de idade iniciou o ano de 2022 na elite do CT, mas perdeu sua vaga no corte do meio da temporada. Com a vitória no Hurley Pro Sunset Beach, Molly Picklum agora divide a liderança do ranking com Carissa Moore. Já Caroline Marks, subiu para o quinto lugar com o vice-campeonato. Quem ficar neste grupo após as 10 etapas do CT 2023, vai disputar o título mundial no Rip Curl WSL Finals, em Trestles, na Califórnia.
A brasileira Tatiana Weston-Webb, que terminou entre as top-5 em 2021 e 2022, não começou bem no Havaí e ocupa a nona posição. Mas no ranking masculino, três brasileiros estão neste grupo, o atual campeão mundial Filipe Toledo na vice-liderança, João Chianca em terceiro lugar e Caio Ibelli em quinto. O australiano Jack Robinson e o italiano Leonardo Fioravanti, completam os top-5 após as duas etapas do Havaí.
VAGAS NAS OLIMPÍADAS – Já a batalha pelas vagas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, agora são Filipe Toledo e João Chianca que estão se classificando para disputar medalhas para o Brasil, após as duas primeiras etapas do World Surf League Championship Tour 2023 no Havaí. Além deles, tem Jack Robinson e Ethan Ewing pela Austrália, o italiano Leonardo Fioravanti, Griffin Colapinto e John John Florence pelos Estados Unidos, Jordy Smith e Matthew McGillivray pela África do Sul e Kanoa Igarashi pelo Japão.
Pelo ranking feminino, as oito classificadas após as etapas no Havaí, seriam Carissa Moore e Gabriela Bryan pelos Estados Unidos, Molly Picklum e Tyler Wright pela Austrália, Brisa Hennessy pela Costa Rica, Tatiana Weston-Webb pelo Brasil, Teresa Bonvalot por Portugal e Johanne Defay pela França. Mas, a temporada está só iniciando e ainda tem mais oito etapas passando por Portugal, Austrália, Califórnia, El Salvador, Brasil, África do Sul e Taiti, para fechar a lista dos indicados pela World Surf League, para as Olimpíadas de Paris 2024.
O Hurley Pro Sunset Beach foi realizado com patrocínios da Hurley, YETI, 805 Beer, Red Bull, Shiseido, Craft 1861, Turtle Bay, True Surf, Sambazon, Spectrum, Pura Vida, Surfline e Surfshark. A próxima etapa do World Surf League Championship Tour 2023 é o MEO Rip Curl Pro Portugal nos dias 8 a 16 de março, que será transmitido pelo site da WSL e pelo Aplicativo e Canal da WSL no YouTube. No Brasil, todas as etapas também passam ao vivo nos canais SporTV e no Globoplay.
RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO HURLEY PRO SUNSET BEACH:
Campeão: Filipe Toledo (BRA) por 17,74 pts (9,47+8,27) – US$ 80.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Griffin Colapinto (EUA) com 16,10 pts (9,17+6,93) – US$ 45.000 e 7.800 pts
SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 25.000 e 6.085 pts:
1.a: Griffin Colapinto (EUA) 17,90 x 16,33 Jack Robinson (AUS)
2.a: Filipe Toledo (BRA) 16,33 x 15,54 João Chianca (BRA)
QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 16.000 e 4.745 pts:
1.a: Jack Robinson (AUS) 14,76 x 9,33 Nat Young (EUA)
2.a: Griffin Colapinto (EUA) 13,50 x 9,16 Ethan Ewing (AUS)
3.a: Filipe Toledo (BRA) 17,07 x 12,44 Caio Ibelli (BRA)
4.a: João Chianca (BRA) 15,23 x 13,00 Matthew McGillivray (AFR)
DECISÃO DO TÍTULO FEMININO:
Campeã: Molly Picklum (AUS) por 10,90 pts (5,50+5,40) – US$ 80.000 e 10.000 pontos
Vice-campeã: Caroline Marks (EUA) com 9,90 pts (7,50+2,40) – US$ 45.000 e 7.800 pts
SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 25.000 e 6.085 pts:
1.a: Molly Picklum (AUS) 12,34 x 1,74 Tyler Wright (AUS)
2.a: Caroline Marks (EUA) 13,10 x 8,83 Gabriela Bryan (HAV)
QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 16.000 e 4.745 pts:
1.a: Molly Picklum (AUS) 8,67 x 8,40 Brisa Hennessy (CRC)
2.a: Tyler Wright (AUS) 12,17 x 11,17 Stephanie Gilmore (AUS)
3.a: Gabriela Bryan (HAV) 15,00 x 7,73 Carissa Moore (HAV)
4.a: Caroline Marks (EUA) 12,50 x 12,23 Caitlin Simmers (EUA)
RANKINGS DO WSL CHAMPIONSHIP TOUR 2023 – 2 etapas:
TOP-10 DA CATEGORIA MASCULINA:
1.o: Jack Robinson (AUS) – 16.085 pontos
2.o: Filipe Toledo (BRA) – 14.745
3.o: João Chianca (BRA) – 12.170
4.o: Leonardo Fioravanti (ITA) – 11.120
5.o: Caio Ibelli (BRA) – 10.830
6.o: Griffin Colapinto (EUA) – 9.130
7.o: John John Florence (HAV) – 8.065
8.o: Miguel Pupo (BRA) – 6.640
8.o: Gabriel Medina (BRA) – 6.640
8.o: Seth Moniz (HAV) – 6.640
———outros brasileiros:
16: Italo Ferreira (RN) – 4.650 pontos
16: Yago Dora (SC) – 4.650
24: Samuel Pupo (SP) – 2.660
24: Michael Rodrigues (CE) – 2.660
34: Jadson André (RN) – 530
TOP-10 DA CATEGORIA FEMININA:
1.a: Carissa Moore (HAV) – 14.745 pontos
1.a: Molly Picklum (AUS) – 14.745
3.a: Tyler Wright (AUS) – 13.885
4.a: Gabriela Bryan (HAV) – 10.830
5.a: Caroline Marks (EUA) – 10.410
6.a: Brisa Hennessy (CRC) – 9.490
7.a: Lakey Peterson (EUA) – 8.695
7.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 8.695
9.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 7.355
9.a: Caitlin Simmers (EUA) – 7.355
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SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.
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