Professores e técnicos da Rede Municipal de Ensino, de Caraguatatuba, receberam nesta quinta-feira (2), capacitação da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sobre primeiros socorros. O treinamento é em atendimento às exigências da Lei Federal nº 13.722 de 2018, conhecida por ‘Lei Lucas’.
Nesta edição foram mais de 1.300 profissionais que puderam aprender e se esclarecerem sobre como agir em situações de urgência. Sendo assim, foram abordados temas como Técnicas de Obstrução de Vias Aérea por Corpo Estranho (OVACE), Parada Cardiorrespiratória (PCR), Síncope, Convulsão, Queda, Fratura, Afogamento e Intoxicação e como agir nos ambientes escolares.
Em relação a afogamentos, os enfermeiros explicados que além de piscina, as crianças estão sujeitas a acidentes até mesmo em baldes e chuveiros, por isso, a necessidade de saber o grau de afogamento e como proceder.
No caso de uma síncope com perda temporária da consciência, por exemplo, o Samu explicou que o ideal é colocar a pessoa deitada e com os pés sobre uma cadeira. Sendo uma criança, pode-se apoiar os pezinhos no colo até que ela ‘acorde’.
Já para situações de convulsão, o ideal é que deixe a cabeça de lado para que ela não se afogue coma babá, e nunca colocar nada na boca. “Já vi situação de colocarem cabo de madeira, chinelo e até a mão, sendo que o cuidador chegou a perder a ponta do dedo”, explicou o enfermeiro Thiago, complementando que não se deve tentar desenrolar a língua da pessoa.
O treinamento tem por objetivo capacitar os professores e funcionários para identificar e agir preventivamente em situações de emergência e urgência médicas até a chegada do resgate.
A Lei Lucas se tornou obrigatória em estabelecimentos de ensino após o menino Lucas Begalli Zamora, de 10 anos, participar em 2017, de um passeio escolar em Cordeirópolis (SP) e se engasgar com um pedaço de salsicha. Na ocasião, não recebeu de forma rápida os primeiros socorros de desengasgo e quando o atendimento chegou, já apresentava morte cerebral, em decorrência de asfixia mecânica.
Na parte prática, os profissionais com apoio de bonecos educativos desenvolvem as técnicas abordadas, principalmente a manobra de Heimlich utilizada em casos de emergência por asfixia, provocada por um pedaço de comida ou qualquer tipo de corpo estranho que fique entalado nas vias respiratórias, impedindo a pessoa de respirar.
O treinamento é uma parceria entre as Secretarias de Educação e Saúde, por isso, contou com a participação dos responsáveis pelas pastas, Márcia Paiva e Gustavo Boher, respectivamente. Eles reforçaram a necessidade de capacitação para que as equipes educacionais tenham e usem os protocolos capazes de salvar vidas.