A Campanha “Saia do casulo e não se cale”, desenvolvido dentro do Agosto Lilás, termina esta semana e teve por objetivo o fortalecimento na rede de apoio à mulher.
Um evento organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Caraguatatuba, promoveu palestras com a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Caraguatatuba, Patrícia Casanova, e a advogada Ivani Andolfo.
As palestras foram abertas pelo prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, a secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Mariana Cestari, e a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Caraguatatuba, Lourianne Rodrigues.
“Não deveria ser um mês de conscientização, mas um ano. Basta de violência contra a mulher. Temos e devemos enfrentar esse tema, promovendo mecanismos e criando equipamentos de apoio à mulher, como fizemos ao longo dos anos. Criamos o Serviço de Acolhimento Provisório para Mulheres Vítimas de Violência, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) e o botão do pânico SOS Caraguá pra Elas. Não queremos que sejam utilizados, mas precisamos ter em casos de necessidade”, disse o prefeito Aguilar Junior.
Dados e equipamentos
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada 10 minutos uma menina ou mulher é estuprada no país. A cada hora, 26 mulheres são vítimas de agressão física e, a cada dia, três mulheres morrem vítimas de feminicídio.
A Prefeitura de Caraguatatuba não tem medido esforços para implantar equipamentos para combater a violência contra a mulher, entre eles, o Centro de Referência da Saúde da Mulher (Pró- Mulher) e o Serviço de Acolhimento Provisório para Mulheres Vítimas de Violência.
A cidade ganhou também o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) Benedita Arcanjo Aparecido de Oliveira “Dita Marques” para acolhimento das mulheres vítimas de violência.
E Caraguatatuba conta com o botão do pânico SOS Caraguá pra Elas e uma ronda da Guarda Civil Municipal voltada para o atendimento da Lei Maria da Penha. Semana passada, via botão do pânico, prendemos um homem que descumpriu uma medida protetiva concedida a uma mulher vítima de violência.
Dados de Caraguatatuba apontam que a Casa de Acolhimento Provisório para Mulheres em Situação de Violência Doméstica acolheu 5 mulheres e 6 crianças. Já o CIAM (Centro Integrado de Atendimento à Mulher), somente em 2022 foram 540 atendimentos. Em 2023 foram 200 atendimentos. Já pelo CREAS foram 10 atendimentos em 2022 e em 2023 são 6 atendimentos até o momento.