A Prefeitura de Caraguatatuba criou um mecanismo para salvaguardar a integridade física dos profissionais que atuam no atendimento de pacientes da cidade.
Segundo dados da Secretaria de Saúde nos últimos meses, a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada pelo menos 15 vezes por ocorrências de assédio a funcionários, incluindo médicos. Os registros são em Unidades Básicas de Saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento.
Por conta disso, a Organização Social João Marchesi (que administra as UBSs e UPASs) resolveu implantar o botão do pânico nos consultórios médicos. Ao identificar um problema que saia do controle, o médico aciona o botão e imediatamente a equipe de segurança é chamada.
Em um dos casos registrados, o pai de uma criança paciente foi questionar o médico sobre o comentário feito a mãe de que os responsáveis deveriam evitar fumar perto da criança, que apresentou problemas respiratórios no atendimento. O pai não gostou do pedido feito pela médica e foi até a unidade hospitalar para tirar satisfação.
Segundo o diretor da Organização Social João Marchesi, Mário Cézar, a instituição tem por objetivo promover o respeito e a humanização da saúde, com trabalho de preservar a integridade física e psicológica dos seus colaboradores e parceiros, e por isso, a adoção dessa ação, com a finalidade de proteção e cuidado.
“Todos tem a garantia de buscar o melhor atendimento, mas as pessoas não tem o direito de agredir verbalmente ou fisicamente um profissional da saúde, que muitas vezes está ali para salvar vidas. Falta empatia”, disse o secretário de Saúde, Gustavo Boher.