Caraguatatuba recebeu nesta terça-feira (3/10) no Teatro Mário Covas uma reunião pública para discutir os impactos climáticos do Projeto Etapa 4 de exploração do pré-sal, bem como de que forma tais impactos podem ser internalizados e respondidos no âmbito de seu processo de licenciamento, atualmente em tramitação no Ibama.
O encontro foi promovido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, em parceria com o Ministério Público Federal (Procuradoria da República em Caraguatatuba) e a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA).
As atividades foram conduzidas pelo promotor de Justiça do Núcleo Litoral Norte do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA) Tadeu Salgado Ivahy Badaro Junior, e pela procuradora da República em Caraguatatuba, Maria Rezende Capucci.
O evento contou ainda com a participação de representantes do Ibama e da Petrobras e discutiu temas como a contribuição dos combustíveis fósseis para o agravamento da crise climática, os caminhos para o enfrentamento do tema por meio do licenciamento ambiental, a importância e urgência dos planos de transição energética, assim como questões ligadas à Justiça climática.
Além dos profissionais, a reunião pública contou com expositores, entre eles, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Jean Pierre Ometto, a bióloga da ABRAMPA, Eline Matos Martins, a professora de Direito da PUC-RJ, Danielle de Andrade Moreira, o coordenador do Portfólio de Energia do Instituto do Clima e Sociedade, Roberto Kishinami, e o biólogo do Fórum de Comunidades Tradicionais-Angra-Paraty-Ubatuba, Santiago Bernardes.