Fotos: JC Curtis/ Fundacc
“As mulheres estão ali não só pela sua beleza, mas por que elas conseguiram uma vitória interna”, enfatiza Rafaela Righi
Caraguatatuba tem muitos motivos para se orgulhar de Rafaela Righi. A bela levou o título de Miss Elegância 2023 no Miss Plus Size Nacional. O concurso, idealizado pelo produtor Eduardo Araújo, ocorreu no Rio de Janeiro e contou com 20 concorrentes de vários estados do país.
Rafaela também é a Miss São Paulo Plus Size, que concedeu a oportunidade de concorrer ao título recém conquistado no concurso Miss Plus Size Nacional, representando Caraguatatuba e o estado de São Paulo, no fim de novembro, na capital carioca.
Rafaela tem 40 anos, é empresária, trabalha como correspondente bancária; é casada, mãe de Otávio (14) e Eduardo (7). Nascida e criada em Caraguatatuba, seu primeiro concurso de miss foi em 2018 em Caraguatatuba, o Miss Plus Size Litoral Norte, idealizado pela produtora de eventos Bárbara Rodrigues.
Persistente, apenas em 2021 ganhou seu primeiro título Miss Plus Size Senior Litoral Norte e desde então tem investido em sua carreira de modelo.
Para ela, concursos de empoderamento feminino são extremamente necessários. “Hoje em dia, infelizmente, a cobrança da sociedade por corpos perfeitos são tão maçantes, que as pessoas se veem obrigadas a seguir um padrão, que não existe mais por pura falta de autoconfiança”, diz.
Depois de muito tempo ela voltou para a academia. “Voltei, não porque quero emagrecer, mas para me ajudar com ansiedade e acho muito interessante as pessoas desmistificar isso, academia também é um lugar para você gastar sua energia”.
Em casa, o maior incentivo vem dos filhos. Eduardo, de 7 anos, é completamente apaixonado pela magia que tem por trás dos concursos de miss, coroa, desfile e faixa. “Ele fica encantado. Todos os dias fala que eu sou a mulher mais linda do mundo”, fala com um sorriso nos olhos.
Seu mais recente título, Miss Elegância 2023 no Miss Plus Size Nacional foi na categoria master, para mulheres acima de 40 anos e Righi enfatiza a importância de falar também sobre o etarismo. “Existe sim, muito preconceito em cima de mulheres já com 40 anos, o trabalho da autoestima de todas essas mulheres, não é só pelo tamanho do seu corpo, por serem gordas, mas muitas é pela sua idade. Concursos para mulheres gordas não são apenas para escolher a mais bonita, vão muito além, são mulheres que já passaram por inúmeras situações de conflito, de violência, preconceito e machismo e quaisquer uma dessas mulheres estão ali não só pela sua beleza, mas por que elas conseguiram uma vitória interna, que eu acredito que seja muito mais importante do que ser a mulher mais bonita”, enfatiza.