Alunos da EMEI/EMEF Benedito Inácio Soares, no bairro Massaguaçu, em Caraguatatuba, estão vibrando com a premiação da professora Pricila Perossi Magalhães, idealizadora do projeto NASA.
Não se trata da agência espacial mais famosa do mundo, a americana NASA (National Aeronautics and Space Administration ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), mas sim o projeto NASA – Novas Aprendizagens Significativas Acontecem, que acaba de ser reconhecido e premiado pela Fundação Lúcia e Pelerson Penido-FLUPP.
O projeto desenvolvido pela professora Pricila ficou entre as 10 melhores experiências concorrentes e ela receberá uma viagem para um destino cultural ou ecológico, custeada pela FLUPP.
Os vencedores ainda concorrem à premiação “Experiência Destaque”, que será examinada por uma Banca de Avaliação, cujo prêmio pode chegar a R$ 6 mil para o 1º lugar.
Astronauta é profissão?
O projeto NASA – Novas Aprendizagens Significativas Acontecem – nasceu da dúvida dos alunos da professora Pricila Perossi Magalhães, da 2ª Fase da Educação infantil: “Astronauta é profissão? O que faz um astronauta?”.
Logo a pergunta virou discussão entre as crianças, de 5 e 6 anos, e a educadora imediatamente lançou mão da internet para pesquisar junto com os pequenos sobre o assunto.
Pricila conta que nessa investigação, os alunos descobriram que ser astronauta é, sim, uma profissão, que eles atuam na exploração do espaço; participam de missões espaciais como tripulantes de uma nave, fazem experiências no espaço e passam a maior parte da carreira em terra firme, participando de estudos, treinamento e também apoiando outras missões. Mas, segundo ela, foram os vídeos de astronautas no espaço, fazendo malabarismos dentro da nave espacial por causa da ausência de gravidade, que encantaram e animaram os alunos.
Satisfeita a curiosidade, veio a ideia de propor à turma, a brincadeira de construir um foguete, com material reciclável (garrafa pet rolha de cortiça, cartolina e fita adesiva), que teria um combustível feito com bicarbonato de sódio e vinagre, para ser lançado no pátio da escola. “A empolgação foi geral e passamos a ter oficinas junto com os pais para montar a estrutura”, conta a professora.
O sucesso foi tão grande que eles repetiram a experiência para mostrar aos alunos do Ensino Fundamental, do 3º, 4º e 5º ano. “Cada turma quis construir seu próprio foguete. Inclusive teve desafio entre a 2ª Fase e o 5º anos do foguete que voava mais alto. Cada foguete lançado ganha nome e entra para um gráfico onde estão dados se o artefato funcionou ou não, porque não funcionou, quantos metros subiu, etc”.
Empolgação
Para Pricila, “foi gratificante ver o brilho nos olhinhos das crianças quando souberam que o projeto foi premiado”.
Ela conta que os alunos se sentem realmente integrantes da NASA, pois até crachá têm. “O projeto resgata na criança a alegria, a confiança e a empolgação em aprender. Quando é dia de NASA, ninguém quer faltar à aula”.
Em 2021, a professora Pricila Perosi conquistou o prêmio Educação Infantil – Boas práticas durante a pandemia, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (SP). E o projeto NASA, além de receber o prêmio FLUPP, também concorre ao prêmio LED – Luz na Educação 2023, promovido pela Globo e Fundação Roberto Marinho.
Apaixonada por seu ofício, a professora Pricila não esconde o seu amor quando fala de suas realizações junto aos seus alunos. Ela conta que já trabalhou fora de sala de aula, mas pediu para voltar. Confessa que não consegue ficar longe das crianças. “É maravilhoso ver como elas se envolvem com as atividades e se empolgam com todo o processo de aprendizado. Esse é o prêmio para mim”.
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