Especialista dá dicas para uma readaptação saudável ao cotidiano escolar e para manter o equilíbrio entre corpo e mente após o período de descanso
As férias escolares são um período esperado por muitas pessoas, marcadas por momentos de lazer, criatividade e reconexão com a família e amigos. Durante esse tempo, é comum que aproveitem para viajar, dedicarem-se à leitura e realizar atividades que normalmente não cabem no dia a dia. Porém, com o fim das férias, surge o desafio de retomar a rotina, especialmente no contexto escolar, onde a flexibilidade de horários das férias cede lugar a uma agenda mais complexa. Para Hebe de Camargo Bernardo, professora doutora do curso de Psicologia do Centro Universitário Módulo, o retorno às aulas envolve mais do que simplesmente voltar ao ambiente escolar.
“As principais dificuldades incluem a readaptação ao ritmo de estudos, a socialização com colegas, o equilíbrio no uso da tecnologia, a retomada das regras e a adaptação comportamental”, explica a psicóloga. Nesse sentido, o acolhimento é fundamental para criar um ambiente receptivo, facilitando a reintegração dos alunos. Por esse motivo, promover momentos de reintegração, com atividades que incentivem a socialização e o fortalecimento dos vínculos, é indispensável, além de priorizar a aprendizagem, com o objetivo de focar nas atividades que estimulem a curiosidade e o pensamento crítico. Incentivar a expressão criativa como uma forma de motivação são estratégias importantes para tornar o retorno às aulas mais agradável. Além disso, é importante que o retorno às rotinas de sono e alimentação, muitas vezes alteradas durante as férias, seja feito de maneira saudável.
“Manter uma alimentação regrada e estabelecer horários regulares para as refeições precisam ser uma continuidade nas férias. O sono, por sua vez, deve ser priorizado, com uma duração mínima de 8 horas para garantir o bem-estar físico e mental. Práticas como a higiene do sono, evitando o uso de celulares antes de dormir, preferindo refeições leves à noite e praticando meditação, podem auxiliar na transição”, conclui.