Fonte Imprensa Livre
Ele esteve em Ubatuba, onde participou da cerimônia que deu início às obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maranduba
Mara Cirino
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve no último sábado na cidade de Ubatuba, onde deu início às obras para a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas Maranduba. Na ocasião, ele garantiu que até o final de março deve chegar para as cidades do Litoral Norte profissionais do programa Mais Médicos. Na região, além de Ubatuba, que recebeu dois cubanos em dezembro, Caraguatatuba e São Sebastião também se inscreveram.
Conforme Padilha, o critério adotado para a liberação dos médicos foi com base na decisão da presidente Dilma Rousseff que queria que até o Natal fossem cobertos todos os municípios que solicitaram os profissionais, mas que possuíam quilombos, aldeias indígenas, estivessem em áreas periféricas, de extrema pobreza, no semi arrido do Nordeste, regiões do Vale do Jequitinhonha e Vale do Ribeira. “Agora, todos os pedido feitos são atendidos, sendo que só no Estado de São Paulo serão 2.500 médicos”, explicou.
Atenção Básica
Para o ministro, a implantação das UPAs é um importante passo dentro da atenção básica para a saúde porque reduz filas nos hospitais e prontos-socorros. “Temos de tirar essa imagem de que o SUS (Sistema Único de Saúde) precisa ser acanhado. Eu sou da escola do presidente (ex) Lula. Aprendi com ele que se é com o povo que precisa, ai tem de ser mais bonito, confiável, com condições e estrutura de trabalho para atender a população”.
Em seu discurso aos presentes, ele destacou a resolutividade das UPAs que funcionam 24 horas por dias. “A dona de casa não escolhe o dia que o filho vai ficar doente, nem se é final de semana. Se passar mal, precisa ter uma unidade próxima à sua casa”.
Conforme Alexandre Padilha, estudos mostram que de cada 100 pessoas que tinha que ir para um Pronto-Socorro, um hospital, 97% resolvem o problema na Upa. No caso de Ubatuba, a unidade contará com médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, sala de raio-x, eletrocardiograma, exame de sangue, inalação, hidratação. “Tudo fará aqui, inclusive, ficar em observação se for o caso”.
A UPA Maranduba deve atender as comunidades dos bairros Maranduba, Ingá, Araribá, Vila Santana, Beira Rio, Sertão da Quina. O investimento é de quase R$ 2 milhões. Uma comitiva de Caraguatatuba chegou a apontar para o ministro que atenderia os moradores da região da Massaguaçu que não conseguiu o recurso para a implantação da unidade.
Um morador apontou problemas e o ministro disse que será realizada uma auditoria para saber o que houve, inclusive, o motivo de a UPA Porto Novo não ter saído do papel. “A partir dessa preocupação que existe, será feita uma auditoria. O ministério da Saúde não ia colocar recursos para novas Upas se não teve inicio a unidade que já tinha recurso. A meta é combater qualquer tipo de desperdício de recurso e comprometer o prefeito a começar a obra”, alertou.
No caso de Ubatuba, Alexandre Padilha elogiou a atitude do prefeito Maurício Moromizato (PT) e da secretária de Saúde, Ana Emília Gaspar, que foram ao gabinete solicitar a mudança da UPA para a região sul – ela estava prevista para o centro – de forma a atender a comunidade que hoje precisa se deslocar quase 40 quilômetros até a Santa Casa.
Na avaliação da secretária de Saúde, a UPA é fundamental para o sistema de saúde da cidade. “Ela consegue resolver mais de 90% dos problemas dos pacientes que nela chegam e vai desafogar a quantidade de atendimentos na Santa Casa”.
Aproveitando a ocasião, o prefeito Mauricio fez questão de chamar atenção para as necessidades do bairro, dizendo que a UPA foi o primeiro passo. Aos vereadores presentes, antecipou que vai mandar um projeto à Câmara para criar a Subprefeitura da região sul e conseguir, com isso, levar uma delegacia, uma agência bancária, uma loteria, uma agência dos Correios para a Maranduba.
ONG
Como pré-candidato ao governo do Estado pelo PT, Alexandre Padilha deve ter oficializada hoje sua saída do Ministério da Saúde. No sábado, ela aproveitou para comentar as denúncias envolvendo o nome de seu pai Anivaldo Padilha como sócio fundador da ONG Koinonia-Presença Ecumênica e Serviço, e que receberia R$ 199,8 mil em convênio com a pasta.
“A Ong é uma instituição histórica, fundada pelo sociólogo Betinho, o Ruben Alves e meu pai. Tem convênios e ações com o governo do PSDB. Tem uma carga de reconhecimento do governo do Estado pelo trabalho e honradez desenvolvidos em parcerias de 2009 a 2012. Quem quiser usar isso em campanha vai dar com burros n´água”.
Foto: PMU