Transpetro investe R$ 400 mil na maricultura da Cocanha
Em virtude da reportagem publicada na edição da última sexta-feira (14) sobre a situação dos maricultores da praia da Cocanha, que foram atingidos pelo derramamento de óleo ocorrido no dia 5 de abril de 2013, no Canal de São Sebastião, que alegam que a Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras ainda não teria repassado recursos à categoria, a empresa emitiu uma nota esclarecendo eu está investindo R$ 400 mil na fazenda de mexilhão.
Segundo o documento, a parceria socioambiental começou a ser debatida pela companhia com os maricultores da praia da Cocanha em agosto de 2013. Após várias reuniões, a parceria foi formalizada em novembro com a assinatura de um convênio que definiu o pagamento da mão de obra e uso das embarcações dos próprios maricultores para o trabalho de construção das novas fazendas, além da compra de boias sinalizadoras, totalizando R$ 121.393. Desse valor, já foram liberados R$ 95,4 mil.
Além disso, de acordo com a nota, a Transpetro repassou aos maricultores R$ 21 mil pelo trabalho e uso de embarcações durante a remoção das antigas fazendas. “Deve-se somar a esse valor mais R$ 28 mil pagos aos maricultores pela empresa contratada pela companhia”, aponta.
A fase intermediária, chamada alinhamento de poitas, foi executada, igualmente, por uma empresa da região, contratada pela Transpetro, que utilizou a mão de obra dos maricultores da Cocanha, repassando a eles, pelo seu trabalho, R$ 32 mil. A nota da Transpetro destaca que todas essas ações foram acompanhadas por Cetesb, Ibama, Secretaria de Meio Ambiente de Caraguatatuba e um professor-doutor de Biologia da UFRJ.
“Vale destacar que a Transpetro, por iniciativa própria, depositou em juízo R$ 200 mil referentes à ação movida pela prefeitura de Caraguatatuba para a compra das novas fazendas, ressarcindo a prefeitura desse custo. Importante esclarecer que nessa ação a Justiça ainda não entendeu ser devida qualquer indenização por parte da Transpetro aos maricultores. Mesmo assim, os Projetos de Responsabilidade Social foram desenvolvidos com as comunidades do Litoral Norte que se encontram na área de influência do Terminal de São Sebastião”, reforça o documento.
A empresa afirma, ainda que o trabalho de Responsabilidade Social é permanente e, especificamente nos projetos dos maricultores da praia da Cocanha já foram investidos R$ 402.393.
“Reiteramos a informação atestada pelos laudos da Fundespa de que o vazamento ocorrido em abril de 2013 não contaminou os mexilhões da praia da Cocanha. E que, mesmo assim, a Transpetro assumiu compromisso de parceria com esses trabalhadores para que voltem à sua atividade o mais rápido possível”, finaliza a empresa na nota.