Circuito Sesc de Artes é atração em Caraguá neste domingo

 A programação é gratuita e reúne espetáculos e intervenções artísticas na Praça Dr. Cândido Motta 

Caraguatatuba recebe neste domingo (11/5), das 16h às 21h, na Praça Dr. Cândido Motta, no Centro, o Circuito Sesc de Artes 2014 “Conectando lugares, circulando ideias”, com grande programação cultural gratuita, reunindo espetáculos e intervenções artísticas.
Neste ano, o Circuito começou no dia 25/4 e promove até o dia 11/5, em 102 cidades do interior, litoral e Grande São Paulo, uma extensa programação com entrada franca e voltada para todas as idades. São 18 unidades do Sesc mobilizadas no estado de São Paulo para realizar atividades itinerantes que possibilitam ao público ter acesso às apresentações distribuídas em 12 roteiros diferentes, contando com 591 apresentações, de 66 trabalhos de 370 artistas brasileiros e estrangeiros, nas áreas de música, teatro, artes visuais, circo, dança, literatura, artemídia, artes visuais e cinema. No total são 510 horas de programação.
A proposta do Circuito Sesc de Artes é intervir positivamente no cotidiano de cidades do interior e democratizar o acesso à cultura por meio de trabalhos de qualidade em diversos segmentos artísticos. Vale ressaltar que a programação ocorre, prioritariamente, em municípios onde o Sesc não está instalado com suas unidades operacionais, ocupando ruas e praças, fato que reforça a ideia do espaço público ser um local de convivência e de encontro.
Nesta edição, a ação do projeto, que tem o intuito de enfatizar o encontro e a troca simbólica entre às pessoas, se intensificou por meio da plataforma online. Além das atividades oferecidas as sextas, sábados ou domingos, o Circuito Sesc de Artes também pode ser acompanhado na plataforma online com conteúdos exclusivos publicados diariamente que possibilitam que o público interaja com fotos e comentários.
Para Danilo Santos de Miranda, Diretor Regional do Sesc São Paulo, “o Circuito promove a difusão e democratização de diversas manifestações culturais e proporciona às pessoas o contato com as diferentes vertentes da produção artística”. Além disso, Miranda afirma que a programação presencial que acontece nas cidades somada ao conteúdo online exclusivo, enfatizam a busca que o Sesc desenvolve, desde sua fundação, pelo acesso aos bens culturais. “Esse projeto permite a interação entre as pessoas e contribui para a ampliação dos momentos de congraçamento que as Artes tão bem conseguem proporcionar”, completa.
Em Caraguatatuba, o evento tem o apoio da Fundacc – Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba e Governo Municipal. Mais informações: (12) 3897.5661 ou www.fundacc.com.br.

Confira abaixo a programação completa:

DANÇA
“Faça Algum Barulho” – Rui Moreira Cia de Danças (MG)
Dois “andançarinos” – dançarinos andantes – são confrontados por suas diferenças de expressão. De um lado, dança tradicional; de outro, dança urbana contemporânea. A diversão está na exploração desses contrastes, em que um assume traços da personalidade do outro. Este espelhamento provoca uma trama inusitada entre um Bboy — dançarino de dança de rua; e um estilizado palhaço de folias de Reis, com sua máscara e roupa colorida. Suas diferenças e suas semelhanças são a fonte básica do diretor do espetáculo, Rui Moreira. Os andançarinos encenam os limites entre esses mundos imaginários, tempos e histórias, criando novas coreografias.
Concepção e coreografia: Rodrigo Peres, Rui Moreira / Concepção de luz: Edimar Pinto / Com: Rodrigo Peres, Rui Moreira / Trilha sonora(sons incidentais de rua): Rui Moreira / Direção: Rodrigo Siqueira, Pedro Alexina / Figurino: Elvira Matilde. Duração: 35 min.

ARTEMÍDIA
“Fab Trailer” – Marcio Ambrósio (SP)
À frente de todos, uma plataforma móvel de criação artística, coletiva e participativa. É o Fab Trailer: oficina,ateliê, estúdio, palco e estrutura de projeção. A proposta é abrir uma nova percepção na criação e difusão do cinema de animação, utilizando novas tecnologias. No Fab Trailer, as pessoas criarão animações pensando no suporte de projeção, valorizando a criatividade do conteúdo. O resultado deste processo, realizado dentro do trailer, será projetado na técnica de mapping (texturização no veículo) e será o palco de apresentação das animações criadas coletivamente pelos participantes.
Ao final, o Fab Trailer transforma-se em cinema ao ar livre, com a apresentação das animações realizadas pelo próprio público. Cada sessão é inédita, resultado das animações realizadas durante o dia: uma intervenção urbana que expressa a criatividade dos participantes.
Criação: Marcio Ambrosio e Sophie Klecker / Cenografia: Kosmo / Desenvolvimento de Software: Yacine Sebti e Marcio Ambrosio / Assistentes Artísticos: Luis Felipe e Mateus Pereira

LITERATURA
“Refresco de Rimas” – Cia. Circo de Trapo (SP)
Dois artistas sorveteiros circulam pela praça com suas caixas de isopor, onde se lê “Palavras Refrescantes”. Há de tudo na caixa, em matéria de propostas poéticas:poesias prontas, inacabadas, trágicas ou engraçadas. As palavras que dão origem às poesias criadas junto com o público saem dos palitos de sorvete ou são pescadas em meio aos passantes.
As poesias são completadas pelos participantes e viram músicas que são cantadas em parceria. O objetivo é proporcionar momentos agradáveis de diversão e trocas afetivas por meio da poesia e brincadeiras com palavras,buscando a poesia que existe dentro de cada pessoa. Cantando e rimando, os sorveteiros refrescam a mente e a alma por meio das palavras. Com: Marco Ponce e Fabiana Alves.

CIRCO
“Cabaré de Números Raros” – Artistas da Cooperativa Brasileira de Circo (SP)
O Cabaré de Números Raros apresenta ao público números circenses que já não estão mais no cotidiano dos circos, mas que preservam a tradição.
Os pratos bailarinos e as performances divertidas de Bruno Edson, a destreza de Junior nos monociclos e naroda única, a habilidade de Marjury no equilíbrio sobre cilindro são algumas das atrações desse cabaré. Compõem ainda o espetáculo os palhaços Bacalhau e Mingau, a bailarina que dança com os bambolês – ou os bambolês que dançam com a bailarina – Barbara Francisquini e, ainda, a elasticidade surpreendente da contorcionista Alessandra Fleury.
Com: Alessandra Fleury, Joelma dos Santos, Bruno Edson, Barbara Francisquini, Marjury Nunes, Odair Bacalhau, Mingau, Vitor Santiago /Som: Daniele Souza Ribeiro
Duração: 45 min.

TEATRO
“Júlia” – Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado (SC)
A peça conta a história de Júlia, uma mulher das ruas, e Palheta, seu fiel escudeiro. Entre realidade e ilusão, há uma linha muito tênue, em que uma mulher sem pernas seria capaz de rodopiar. Esta dupla errante gira o mundo ou é o mundo que a gira? Excluídos pelos excluídos, dizendo-se donos dos restos de um circo incendiado, Júlia e Palheta “se viram”. Cúmplices na amizade, nos números artísticos e na linguagem, o casal arranca risos. Depois de diversas cenas em que Palheta ajuda Júlia, e que ela se mostra fascinada pelas pernas dos outros,estabelece-se um clímax no qual Júlia apresentará um número de dança.
Direção: Pépe Sedrez , Fabiano Peruchi/ Com: Reveraldo Joaquim eYonara Marques / Roteiro: Fabiano Percuhi, Pépe Sedrez, Reveraldo Joaquim, Yonara Marques / Direção de arte e figurinos: Maíra Coelho,Alexandre Antunes / Cenografia: Luciano Wieser, Maíra Coelho, Reveraldo Joaquin, Yonara Marques / Maquiagem e caracterização: Carlos Eduardo Silva
Duração: 55 min.

MÚSICA
Cordão Carnavalesco Ziriguidum (SP)
Paulistano do bairro do Bom Retiro, Osvaldo Barros — o Osvaldinho da Cuíca — nasceu em pleno carnaval de 1940e transformou-se em referência do samba em São Paulo.
Em 2000, fundou o Cordão Carnavalesco Ziriguidum, que resgata antigas marchinhas e canções de carnaval.
Neste show, a ideia é brincar o carnaval retomando a tradição dos cordões, que traziam instrumentos de sopro e cordas, além da percussão, baliza, porta-estandarte e a Corte Negra, grupo que percorria o desfile trajando roupas da corte portuguesa. Osvaldinho da Cuíca é cantor, compositor, sambista, ritmista e passista. Já Tocou com Adoniran Barbosa (1910-1982) e foi intérprete de samba-enredo da Gaviões da Fiel, quando a escola ainda era um bloco.
Com: Osvaldinho da Cuíca (voz e ritmo), Rodrigo Nogueira (cavaco),Koke (violão), Marcelo Barro (percussão), Cassiano Andrade(percussão), Alan Salgado (Percussão), Balto da Silva (percussão), Marcos Stoppa (trompete), Allan Abadia (trombone), Soraia Iotti(porta-estandarte) e Tereza Gama (voz)
Duração: 70 min.